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Esportes  | 02/03/2011 11h38min

Obras da Arena do Grêmio são embargadas pelo Ministério do Trabalho

Denúncia de funcionários sem registro profissional motivou visita dos auditores na tarde de terça

Gustavo Heldt  |  gustavo.heldt@rbsonline.com.br

Além da greve dos funcionários, a construtora da Arena do Grêmio terá de solucionar irregularidades no local detectadas por auditores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do RS (SRTE/RS). No fim da tarde de terça, fiscais embargaram a construção até que os problemas, envolvendo a segurança dos trabalhadores e as condições laborais, sejam resolvidos.

Uma denúncia de operários da OAS sem registro profissional motivou a visita do Ministério do Trabalho às obras, no bairro Humaitá, em Porto Alegre. Os auditores, no entanto, detectaram outras irregularidades no local, como alojamentos precários, destituídos dos padrões de segurança.

— Tem problemas de toda ordem — revelou o chefe da Seção de Saúde e Segurança do Trabalho da SRTE/RS, Marco Antônio Ballejo Canto.

De acordo com Canto, as obras só poderão ser recomeçadas quando medidas de segurança e regularização forem tomadas. Então a OAS deverá entrar em contato com o Ministério do Trabalho, que empreenderá nova fiscalização.

No fim da manhã, a assessoria de imprensa da OAS ainda buscava informações sobre o assunto. Os diretores da construtora não foram encontrados pela reportagem.

A Grêmio Empreendimentos também ainda não sabia do embargo às obras. Segundo o executivo geral, Cristiano Koehler, a questão só pode ser tratada com a própria construtora. O executivo disse que, até o momento, a paralisação não afeta o cronograma final da Arena. A conclusão do novo estádio do Grêmio está prevista para dezembro de 2012.

— Fazemos reuniões periódicas com a OAS. Cobramos o cronograma, o plano de ação. E essa parada não vai afetar o prazo final — afirmou Koehler.

A paralisação começou na última quinta-feira, quando os 350 funcionários das obras se recusaram a trabalhar. Os trabalhadores reivindicavam melhorias nas condições de trabalho e moradia. Dois pedidos ainda não foram atendidos pela construtora, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada no Estado do Rio Grande do Sul: aumento de 10% dos salários e redução do intervalo entre as viagens concedidas pela empresa aos funcionários que desejam retornar para sua região de origem, o Nordeste, nas folgas.

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