As condições do vestiário do Estádio Metropolitano Roberto Meléndez tornaram-se um drama para o Grêmio em Barranquilla.

Em reformas por conta do Mundial Sub-23 que será realizado na Colômbia em julho deste ano, o palco da partida tem setores mais parecidos com ruínas. É o caso do vestiário.

Não há chuveiro ou vaso sanitário. O cheiro de cola e de outros produtos usados na reformulação dos ambientes é forte. Não há luz, banheiros, nada. No meio do local do aquecimento há um solitário reservatório de cimento e entulho. Há paredes inteiras sem pintura.

— É complicado, mas o importante é o gramado estar em ordem. Para uma equipe de qualidade técnica como a nossa, isso é fundamental. Não me preocupo com estas questões de estrutura. Se for o caso, fazemos as nossas necessidades e tomamos banho no hotel — diz o volante Adilson.

O problema é que o o plano do Grêmio é sair direto do estádio para o Aeroporto Ernesto Cortissoz, embarcando no voo fretado rapidamente de volta ao Brasil.

No domingo tem semifinal do primeiro turno do Gauchão diante do Cruzeiro-POA, e a direção quer os titulares descansados para a decisão, no Olímpico. Quanto mais cedo desembarcar no Salgado Filho, melhor.

O técnico Renato Portaluppi irritou-se quando soube que há grande chance de encarar sete horas de viagem, com parada obrigatória para abastecimento em Manaus, sem banho.

Em tempo: a temperatura nunca baixa de 25 graus em Barranquilla. Vai estar um calorão medonho na hora da partida.

— Não vai ter chuveiro? Pena: o estádio está bonito, com gramado novo. Mas uma equipe disputar Libertadores sem chuveiro no estádio é difícil. Será que eles vão gostar quando a gente desligar a água lá do Olímpico? — reclamou Renato, pedindo providências da Conmebol.