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Esportes  | 31/01/2011 07h46min

Por dentro do Gre-Nal 384: o pós-jogo em Rivera

Dividindo o mesmo espaço, dirigentes, técnicos e jogadores da Dupla falaram sobre o clássico

Lucas Rizzatti  |  lucas.rizzatti@zerohora.com.br

Quando o primeiro Gre-Nal em terras estrangeiras chegou ao fim no domingo, os olhares se voltaram à zona mista, no aguardo das declarações dos personagens do clássico de Rivera, que terminou com vitória do Grêmio, por 2 a 1. Na verdade, a sala de entrevistas foi improvisada numa copa do estádio Atilio Paiva, com capacidade para 28 mil pessoas, mas que recebeu poucos mais de 7 mil na última tarde.

Empapados de suor em suas camisas bem cortadas, os dirigentes da Dupla faziam brotar declarações, justificativas e projeções. Para o lado vencedor, claro, uma tarefa pouca árdua e muito prazerosa.

— Foi fantástico — definiu, exultante, um dos diretores de futebol do Grêmio, José Simões.

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Apesar da derrota, o semblante dos comandantes colorados não transparecia consternação. Absorvendo o insucesso como um transcurso natural de um jogo de futebol, Giovanni Luigi e Roberto Siegmann reafirmaram sua confiança no Inter B. O recado é evidente: a prioridade passa pela Libertadores da América. Se der para chegar longe no Gauchão com os garotos, será excelente. Se não for possível, paciência, pois Cavenaghi vem aí para ajudar na luta pelo tricampeonato.

A mesma serenidade passou longe da entrevista do técnico Enderson Moreira. Mostrando-se irritadiço com algumas perguntas, Enderson também foi o único representante colorado a questionar a arbitragem de Márcio Chagas. A direção havia se postado unânime: Chagas foi muito bem, e os lances duvidosos fazem parte do jogo.

— Não é um Gre-Nal que vai desmerecer esse grupo de atletas — bradou Enderson, em sua entrevista coletiva cheia de tensão.

Roger recebeu instruções de Renato. Foto: Ricardo Duarte

Rival de casamata, Roger parecia sereno como se voltasse de compras em free-shop de Rivera. Humilde, creditou a virada a Renato, presente no jogo por meio de telefone celular. O próprio Roger, aos poucos, foi se tornando Renato em meio à partida. Começou tímido, intervindo vez que outra, de maneira localizada. Meia hora depois, já estava aos berros, no melhor estilo Portaluppi de dirigir um time. Foi de Roger também a ordem para Lins se fixar na extrema esquerda de ataque.

— Fica aberto ali na esquerda, Lins, que tu vais te consagrar.

Tiro e queda. Lins recebeu a instrução, foi a campo no segundo tempo, e, logo depois, estava dando a vitória ao Grêmio. Lins, aliás, sonha alto. Vindo do Criciúma sem grande alarde, o rápido atacante já mira a vaga deixada por Jonas, negociado para o futebol espanhol. Como a prioridade da direção é encontrar um substituto para o artilheiro do último Brasileirão, Lins sabe que o Gre-Nal pode ter colocado uma boa questão na cabeça dos dirigentes: por que não o Lins?

Mesmo assim, aos microfones, o veloz avante vira um rapaz simples, de fala mansa e baixa.

— Vou trabalhar para conquistar o meu espaço, vamos ver o que pode acontecer — conta o atacante, que sonha em virar um mestre, tal qual o colega que rumou à Europa.

Enquanto isso não acontece, ele dribla os repórteres ávidos por mais uma palavra do personagem do Gre-Nal 384. O motivo atende pelo relógio: uma hora depois da partida, o Grêmio tinha voo marcado e precisava partir do Atilio Paiva. Estádio, inclusive, que deve deixar boas lembranças - não só aos vencedores, mas também aos amantes do clássico gaúcho, bem representado pelos jovens da dupla Gre-Nal.

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