Para o vice de futebol do Inter, Roberto Siegmann, o Gre-Nal das 19h30min deste domingo terá um sabor diferente. Primeiro do dirigente como vice de futebol, ocorrerá fora do país — algo inédito — e em uma terra vizinha a uma cidade que lhe traz boas memórias. Natural de Porto Alegre, Siegmann costumava visitar a fronteira na infância. Ficava na zona urbana, mesmo.

— Eu tinha um tio daqui. Passava férias quando tinha 10, 12 anos — contou, acomodado em um sofá na recepção do Verde Plaza Hotel, onde está hospedado o Inter.

Sobre o jogo, o discurso é pontuado pela cautela. Nem superstições fazem parte da rotina do dirigente que já fazia parte do grupo de comando do clube na gestão do ex-presidente Vitorio Piffero. Chega a avaliar uma "eventual vitória" como motivador dos jogadores, e não como um ponto a reforçar a atual diretoria.

Siegmann pondera: a direção não joga.

Ouve o contraponto: a direção não joga, mas responde pelos resultados, sejam bons ou ruins.

Aí, o vice de futebol tangencia com os benefícios do grupo do Inter B, que "pegará força". Ainda assim, admite a importância pessoal do clássico do Atilio Paiva.

— Encaro todos os jogos com a mesma seriedade. Mas este Gre-Nal fatalmente entrará na história — explica.