Os testes em Valência na próxima semana marcam o reencontro dos pilotos da Fórmula-1 com os carros. Os treinos, no entanto, já começaram a muito tempo. O período de férias foi usado para uma intensa preparação física, que deve ser mantidada durante toda a temporada.

Cada um malhou como mais gosta. Lewis Hamilton se refugiou no frio das montanhas rochosas do Colorado, nos Estados Unidos, tendo a altitude como arma para melhorar a forma. Seu companheiro de McLaren, Jenson Button, preferiu cantos mais quentes, como o Havaí, onde teve a honra de pedalar com o lendário ciclista Lance Armstrong.

Ciclismo, natação, musculação, corridas de rua: vale tudo para os pilotos atingirem a principal meta para este ano, a perda de peso. Com a volta do Kers, que pesa cerca de 30 quilos, um piloto mais leve tem vantagem. O conjunto carro/piloto precisa estar abaixo do peso mínimo estabelecido, assim, quem pesa menos pode usar melhor os lastros de distribuição de peso, importante no acerto do carro.

Para minimizar esse efeito, a FIA aumentou em 20 quilos o peso mínimo do carro e estabeleceu um limite para a sua distribuição. Mesmo assim, a vantagem de ser mais leve existe, ainda que isso já não seja tão fundamental como na estreia do Kers em 2009.

— A questão do peso não é tão crucial, mas é importante. Sorte que sou um dos mais leves do grid e não precisei centrar a preparação nisso. Os mais pesados tiveram de treinar mais para não ganhar ou mesmo para perder alguns quilos — declarou Felipe Massa.