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Esportes  | 31/12/2010 08h13min

Siegmann quer Inter alto e forte

Vice de futebol planeja mudar rumo das categorias de base do clube

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

O novo vice de futebol do Inter, Roberto Siegmann, começa 2011 com duas missões. A primeira, é urgente, contratar três ou quatro reforços para defender o título da Libertadores. A segunda, a médio prazo, é revolucionar as categorias de base. O plano de Siegmann é privilegiar a formação de jogadores mais altos, mais fortes e mais atléticos. É claro que jogadores diferenciados fora dos novos padrões de medidas seguirão com espaço,

A direção pretende padronizar o biotipo da gurizada e a forma de atuar de todas as equipes — da base ao profissional.

O interior do Paraná, considerado um rico nicho de jovens atletas e de onde vieram Nilmar e Alexandre Pato, passará a ser visto com maior atenção pelos avaliadores do Inter.

Não que o trabalho dos últimos anos, responsável por revelar Nilmar, Sobis, Pato, Sidnei, Luiz Adriano, Taison e Sandro esteja desgastado. Pelo contrário. O Inter é reconhecido por especialistas como o maior formador do Brasil nas recentes temporadas. A ideia é aliar maior compleição física à técnica dos jogadores. Élio Carraveta e Fábio Mahseredjian também deverão nortear o trabalho dos preparadores físicos dos juniores, juvenis e infantis.

Foi em Abu Dhabi que Siegmann teve certeza da necessidade da mudança de rota. Ao ver os jogadores da Inter, de MiIão, entrando em campo notou que quase todos eles eram mais altos e mais fortes do que os colorados. Em cinco anos, o dirigente quer um Inter vitaminado emergindo da base.

— As grandes equipes da Europa têm jogadores com porte físico mais avantajado. Queremos que a nossa base tenha atletas com este padrão para abastecer o time principal — disse Siegmann. — A partir de agora, dificilmente buscaremos jogadores baixos para a base — acrescentou.

Para isso, os novos diretores das categorias de base já analisam jogadores e seus desempenhos nas últimas temporadas. A reformulação terá início pelo enxugamento de algumas categorias — hoje, o investimento na garotada ultrapassa R$ 1 milhão por temporada. Um exemplo: o time juvenil conta com 60 jogadores. Apenas metade permanecerá. Os demais poderão ser negociados (todos têm contrato). O clube pretende investir forte em mercados secundários da Europa, como Suécia, Noruega, Dinamarca e Bulgária, além da Austrália e da Nova Zelândia. Vendendo três ou quatro jovens para estes países seria possível evitar a negociação de um atleta do grupo principal.

— Também faremos uma correção de rumo: a nossa base está organizada para ganhar competições, agora, vamos pensar em criar jogadores para o time de cima. Os títulos serão consequência — afirmou Siegmann.

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