Complicou-se de vez a contratação do atacante Somália pelo Avaí. Liberado pelo Duque de Caxias, seu último clube, o jogador foi impedido de acertar com o Leão pelo Boavista (outro clube do Rio de Janeiro), que alega ter os direitos federativos do atleta até o final de 2011. Somália chegou a realizar exames médicos na Ressacada, onde foi aprovado e estava pronto para assinar.

O gestor de futebol do Boavista, João Paulo Magalhães Lins, chegou a acusar o Avaí de falta de ética por negociar diretamente com o jogador, sem antes procurar o clube. Nesta quinta-feira, em entrevista à rádio CBN Diário, o presidente do Leão, João Nilson Zunino, respondeu com indignação:

— Se esse indivíduo de pouca expressão está dizendo essa estupidez, que faltamos com a ética, ele é um bobalhão. São uns trouxas abobados que só podem prejudicar o jogador. Foi procurado pelo Avaí a pessoa que se dizia empresário (do jogador), que inclusive esteve com ele no hotel no Rio de Janeiro, quando nós estávamos concentrados lá para jogar contra o Fluminense — declarou o dirigente, que continuou:

— Ao Avaí não falta ética, porque o Avaí não fala com jogador. Falamos com um dos empresários que tínhamos como sendo dele, se não me engano de nome Mauro. Se ele (Somália) tem mais dois ou três empresários estamos surpresos, porque daqui a pouco vão aparecer mais uns 30.

O dirigente avaiano encerrou lamentando a confusão que, ao menos por enquanto, vai impedindo o time azurra de contratar o primeiro reforço para 2011:

— O jogador esteve aqui, estava praticamente acertado, fez exame médico e, de repente, apareceu isso aí. Só não tivemos contato com o presidente do Duque de Caxias porque disseram que estava livre, não havia problema nenhum. Na verdade não está livre coisa nenhuma.