Menos de 24 horas depois de escrever a história ao contrário ao perder para o Mazembe a vaga na final do Mundial de Clubes, o Inter amanheceu em silêncio.

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Até os jogadores finalmente darem entrevistas após uma corrida na esteira na sala de musculação do hotel Rotana Beach, ninguém abriu a boca. O clima era de velório, cortejo, qualquer imagem relacionada como morte.

Sobis chorou. Era o mais abalado, pelo menos o que mais transparecia. Exibia olheiras espessas denunciando a noite mal dormida. Foi abordado por dois torcedores, Renan Brandão e Fernando Coronel, que vieram da Austrália para ver o desastre de ontem.

— Este tem identificação com a gente, assim como o Guiñazu. É evidente que ele está sofrendo. A gente veio aqui ver a cara de cada um deles. Não são todos assim — afirmou Coronel.

— Ninguém dormiu — descreveu Renan, a barba por fazer, contando que a reprise do jogo passava nos aparelhos de TV da sala de musculação, enquanto os jogadores corriam na esteira.

— Que sirva de lição — resumiu Índio.

— Dói um monte, cara — afirmou Tinga, bastante abalado, mas extremamente gentil para atender jornalistas e torcedores na hora complicada da derrota. — Uma explicação pode ser a efetividade: eles tiveram algumas chances e converteram. A gente não teve isso.

— A ficha ainda não caiu — suspirou Giuliano.

Depois do trabalho na esteira, um grupo foi almoçar com os brasileiros que jogam nos Emirados. Todos receberam um período livre até o meio da tarde. A imagem dos jogadores em roupas de passeio, sem uniforme, terminou resumindo o cenário de fim de festa em Abu Dhabi. A disputa pelo terceiro lugar, contra o perdedor de Seongnam e Inter, de Milão, é no sábado.

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