O Criciúma apresenta na próxima terça-feira, dia 7, o novo técnico para a temporada 2011, Guilherme Macuglia, um dia antes da reapresentação dos atletas. O anúncio de sua contratação durante esta semana dividiu opiniões, pois a expectativa da torcida foi no embalo das especulações de que a direção do clube contrataria algum profissional do eixo Rio-São Paulo, e que ele estivesse na Série B.

Agora, ele chega ao Estádio Heriberto Hülse ciente de que sofrerá pressão dos torcedores e terá uma grande responsabilidade, a começar pela quebra de um regime de cinco anos sem conquistar o Campeonato Catarinense. O fato de Macuglia ter sido campeão do Brasileiro da Série C de 2006 pelo tricolor pode ter credenciado o treinador a ocupar de novo a função na equipe catarinense.Também jogou a favor do técnico o fato dele se enquadrar no orçamento do clube.

Macuglia trabalhou com o gerente de Futebol Homero Santarelli em 2008, quando era técnico do Guaratinguetá (SP). E foi junto dele que o técnico viajou na última semana para visitar alguns clubes e avaliar listas de jogadores que podem vir a ser contratados pelo Tigre. Entre uma reunião e outra ele conversou com a reportagem do jornal Diário Catarinense.

Confira a entrevista:

Diário Catarinense — Qual o resultado das reuniões com os clubes?
Gulherme Macuglia — Ainda dependemos dos planejamentos dos clubes que visitamos.

DC — O plantel do Tigre terá quantos jogadores?
Macuglia — Vamos fazer em cima da base que ficou da última temporada, mas acredito que conseguimos um bom grupo com 28 jogadores contando com uns seis ou sete que virão.

DC — Quais as necessidades do grupo?
Macuglia — Dois goleiros, um zagueiro, um lateral, um volante, um meia e um atacante, o que foi anunciado.

DC — Pretende algum jogador específico?
Macuglia — Fica difícil dizer alguém especial, é complicado. Estamos fazendo uma boa análise de mercado e vamos trabalhar em cima dele.

DC — Está difícil encontrar?
Macuglia — Pelo histórico, a imagem e o momento, o Criciúma está com credibilidade, o que pode facilitar as negociações. Muitos empresários estão telefonando e vamos discutindo os nomes.

DC — Os jogadores virão dos clubes que vocês visitam?
Macuglia — Eles não virão apenas de Grêmio e Internacional, mas de outras grandes equipes também.

DC — O que significa voltar ao Criciúma?
Macuglia — Sempre gostei de trabalhar no clube. A torcida é participativa e a perspectiva é de fazer uma boa temporada.

DC — Qual o teu projeto na temporada?
Macuglia — Pela tradição do clube, queremos ganhar todas, mas voltar á elite é o foco. Vamos disputar todas as competições com ambição.

DC — O que espera da Série B?
Macuglia — Teremos 20 equipes querendo a mesma coisa. Será difícil e trabalhoso.

DC — Esperava um convite para voltar?
Macuglia — Tive convites para retornar ao Criciúma em outras situações, mas não deu. Quando saí da Chapecoense estava em casa e avaliava outras propostas. Mas no convite não me surpreendeu em razão do trabalho que havia realizado.

DC — O que espera do clube?
Macuglia — Em 2006 era outro momento com muitas dificuldades. Não que agora não teremos, mas o que é passado ficou lá. Hoje se tem um planejamento e um orçamento que vamos respeitar.