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O presidente do Criciúma, Antenor Angeloni, deve atravessar a passagem de ano com um só pensamento: investimentos no clube. Ao contrário do que imaginava o Conselho Deliberativo, o projeto final da ideia apresentada pelo empresário de gerenciar o Tigre vai ficar para fevereiro de 2011.

A intenção de Angeloni é desenvolver um projeto em três meses e, depois, apresentá-lo ao clube para avaliação. O presidente do Tigre terá que "se desdobrar", porque "não tem nada planejado na cabeça". E o Criciúma começa o Campeonato Catarinense, dia 16 de janeiro de 2011, sem novidades.

— Ainda não sei como vou fazer as coisas, mas quero profissionalizar a gestão, gerenciar o departamento de futebol e formar jogadores, para tirar proveito disso lá na frente. Não vejo outra solução para o Criciúma — sentenciou o empresário.

Antenor Angeloni estima que, em alguns meses, a dívida do clube possa alcançar R$ 15 milhões, e a situação será mais difícil. Ele justifica que ainda não sabe o quanto deve investir, inicialmente, a partir do novo projeto. Isso porque a Série B do Brasileiro é um mundo novo para Antenor.

— O que sei é que, para fazer um bom papel no Brasileiro, vamos ter que gastar mais do que gastamos até agora. Provavelmente o dobro, cerca de R$ 1,5 milhões de reais por mês.

O presidente explica que o departamento de futebol está com dificuldades para encontrar jogadores. Os salários, em média, são de R$ 50 mil:

— Estamos em conversa direta com o Internacional, o Grêmio, a Traffic, o Grupo Sonda e o Santos, em razão do patrocínio da Seara, e o Corinthians. Daí sai alguma coisa. Estão nos colocando atletas à disposição e vamos avaliar.

Além disso, o presidente mantém viva a esperança de ter novamente no grupo o goleiro Agenor. Angeloni afirma que o Inter está em contato com um goleiro brasileiro de um time da Inglaterra. Com a "sobra" no rol de goleiros, Agenor poderia retornar ao Tigre.