Esportes | 25/11/2010 16h09min
Eleito pela Federação Internacional de Futebol, História e Estatística (IFFHS) como o 21º melhor goleiro dos últimos 25 anos e o oitavo da última década, Pato Abbondanzieri, de 38 anos, é o jogador mais experiente do grupo do Inter. Multicampeão, o jogador abriu as portas do prédio onde vive para uma conversa com o clicEsportes. Entre os vários assuntos discutidos, disse acreditar que Renan será o titular do Mundial e que teria condições de atuar por pelo menos mais dois anos. No entanto, garantiu que o seu ciclo está mesmo encerrando no fim de 2010.
– Eu poderia atuar tranquilamente por mais dois anos. Mas a ideia era terminar em 2010. Quero encerrar a carreira da melhor maneira. Já tenho decidido isso com a minha família – conta Abbondanzieri.
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Abbondanzieri foi contratado no início do ano pelo Inter para ser o titular da Libertadores. Com a chegada de Renan, acabou perdendo a vaga no time na semifinal da competição. E o argentino não entendeu o motivo. E acha que nunca vai compreender.
– Acho que foi injusto. Sempre respeitei meus colegas, mas creio que eu não merecia. Estou em dúvida no que aconteceu. Foi algo extra futebol – relembra, comentando acreditar que Renan será o camisa 1 do Mundial.
Com a saída do time, Abbondanzieri poderia ter brigado, fechado a cara, reclamado. Não fez nada disso. Continuou trabalhando normalmente, buscando espaço, como se fosse um guri na profissão. Fora de campo, sempre se mostrou brincalhão com os colegas de trabalho. Um exemplo tão elogiado por Celso Roth nas coletivas. Em determinado treino, por exemplo, lembrou com Clemer o jogo em que o Inter levou 4 a 2 do Boca Juniors na Bombonera, quando o preparador era titular da camisa 1 do Inter.
– Sou uma pessoa que brinca muito. Estou sempre de bom humor – gaba-se.
Nos treinamentos com Clemer, o preparador sempre cobrou para o goleiro não dar rebote. Abbondanzieri chegou a ser criticado por espalmar demais a bola. Aos 38 anos, não conseguiria mudar isso, segundo o argentino.
– O Inter contratou Pato Abbondabnzieri e o seu modo de jogar. Não tinha como mudar isso – afirma.
Depois de se aposentar, o jogador pretende dar um tempo para o futebol. Mas não descarta voltar um dia.
– Para 2011 quero aproveitar minha família, descansar na minha fazenda. O Palermo disse pela imprensa que me quer como seu auxiliar. Ele pretende ser treinador. Conversamos todos os dias, mas a mim ele não disse nada – disse.
A partida contra o Vitória, no próximo domingo, será a despedida de Abbondanzieri da torcida colorada, no Beira-Rio. A tendência é a de que fique no banco.
Colaborou Fernando Becker
fernando.becker@rbstv.com.br
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