Tweet

Compartilhar

Siga informações do Grêmio no Twitter

Os números são de causar inveja a qualquer camisa 9 brasileiro, incluídos Washington, Jonas e Tardelli. Com 85 gols em sete edições, o ijuiense Paulo Baier, 36 anos, é o maior goleador da era dos pontos corridos. No jogo em que o Grêmio pode ultrapassar o Atlético-PR na briga por uma vaga na próxima Libertadores, é ele quem inspira os maiores cuidados por parte de Renato Portaluppi.

A carreira vitoriosa de Paulo Baier não teve escalas na dupla Gre-Nal. Do São Luiz, de Ijuí, saltou direto para o Criciúma, onde atuou entre 1997 e 1998. Passou ainda por Atlético-MG, Botafogo, Vasco e América-MG, até parar no Pelotas, em 2002. Já estava desiludido com o futebol quando recebeu proposta para voltar ao Criciúma.

As virtudes de goleador foram confirmados no Brasileirão de 2003. Ele marcou nove vezes pela equipe catarinense. A consagração veio no Goiás. Foram 50 gols em quatro edições do Brasileirão. No Atlético-PR é reverenciado como herói. Neste sábado, completa 60 jogos com a camisa do time. A direção já abriu negociação para renovar o contrato

O Grêmio teme Baier. Para o volante Adilson, a única forma de neutralizar os perigos de sua bola parada é evitar faltas nas proximidades da área.

– Mas ele tem qualidade na bola em movimento também – alerta Lúcio.

Orientado pelo clube, Baier evita comentar o jogo deste sábado. Teme acirrar o clima de um jogo marcado por muitos conflitos nos últimos anos, o mais forte em 2007, envolvendo Eduardo Costa e Claiton dentro de campo e dirigentes dos dois clubes no aeroporto, já no dia seguinte. Adianta, apenas, a postura que sua equipe irá adotar no Olímpico:

– Tem que atacar o Grêmio, mesmo fora, e jogar para vencer. Se ficarmos jogando somente atrás da bola, não vamos aguentar.

“Se a bola sobra...”

Em entrevista a Zero Hora, Paulo Baier conta que treina de 40 a 50 chutes por treino. A seguir, os principais trechos:

Zero Hora – Como se explica que um meia seja o maior goleador dos Brasileirões por pontos corridos?

Paulo Baier – Sei lá (rindo). Se a bola sobra, eu ponho para dentro. Acho que um dos segredos é jogar quase todas as partidas. São 30 jogos em média por campeonato.

ZH – A maior parte dos seus gols é de falta?

Paulo Baier – Somente alguns. Mas a média também é muito boa com a bola rolando. Contra o Prudente, fiz um de cabeça.

ZH – Qual sua média de cobranças de faltas nos treinos?

Paulo Baier – Fica entre 40 e 50 batidas por treino, quando os jogos são nos sábados ou domingos. Quando há duas partidas por semana, a orientação é não treinar tanto para não desgastar a musculatura.

ZH – Em que ano você teve o melhor desempenho?

Paulo Baier – Em 2004, pelo Goiás. Meu treinador era Celso Roth. Fiz 15 gols e fui o artilheiro da nossa equipe.

ZH – Chega a calcular quantos gols marcou na carreira?

Paulo Baier – Não tenho essa somatória. Mas varia de 150 a 200 gols.