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Márcio Goiano escreveu mais um capítulo na história do Figueirense. Capitão do acesso em 2001, ele voltou ao clube este ano e mais uma vez levou o clube à elite do futebol brasileiro, agora como treinador.

Novato como técnico profissional, o ex-zagueiro é modesto na hora de falar sobre sua participação na conquista. Claro que ele se sente parte de tudo, mas faz questão de dividir o mérito com diretoria, comissão técnica e principalmente os jogadores, considerados os grandes responsáveis pelo êxito da campanha na Série B.

De interino a "oficial"

Mas foi Goiano quem fez esse grupo acreditar que era capaz. Quando assumiu, ainda no Campeonato Catarinense, muitos temiam não permanecer até o nacional, reflexo dos maus resultados no início da campanha. O então técnico Renê Weber havia saído pelo mesmo motivo (em cinco jogos, foram três derrotas, um empate e apenas uma vitória).

Foi quando Goiano, auxiliar de Weber, assumiu interinamente. A palavra de ordem foi atitude. Ele sabia que o time precisava incorporar nova postura para reagir. A equipe respondeu, os resultados vieram e, por pouco, o Figueira não venceu o returno e foi para a decisão do Estadual.

Respeito de todos

Mesmo assim, foi suficiente para que a comissão técnica fosse mantida para a Série B. Nela, o treinador tinha Benevan dos Santos como fiel escudeiro. O grupo fechou com Goiano, que tratou de valorizar cada um, titular ou não. O ex-zagueiro, que tinha tudo para ser explosivo, esbanjou tranquilidade e procurou passar isso aos jogadores, rodada a rodada. Assim construiu o acesso, ganhou respeito e admiração.

O próximo passo é a valorização e ele acredita que ela virá. Resta saber de que forma, através de outro clube ou de sua permanência no Figueirense. Por enquanto, essa não é a questão primordial. Goiano quer terminar o campeonato com a mesma seriedade que começou e só depois tratar do assunto. A torcida já pede: "Fica, capitão".