| 03/11/2010 09h47min
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Sebastian Vettel começou o Mundial de Fórmula-1 deste ano como favorito. Afinal, em 2009, ele acabou com o vice-campeonato após quatro vitórias e demonstrou muita velocidade, tanto em treinos quanto em provas. Neste ano, de fato, Vettel confirmou as previsões de velocidade, mas seus erros e quebras do carro, como a do GP da Coreia, o deixaram em situação delicada na briga pelo título. Ainda assim, ele está calmo e confiante para o GP do Brasil.
Em entrevista, o alemão respondeu com naturalidade às questões sobre seus problemas neste ano e prometeu lutar até o fim pelo título, apesar da situação difícil – ele está a 25 pontos (o equivalente a uma vitória) do líder Fernando Alonso. Mais do que na promessa do diretor esportivo Christian Horner de que a Red Bull não fará jogo de equipe em favor de Mark Webber, que está a 11 pontos de Alonso, Vettel aposta na sua velocidade para ganhar o caneco.
No início do ano passado, você disse numa que ainda precisava aprender muito. O que mudou neste período?
Penso que desde lá eu aprendi muito. Toda corrida é um novo desafio para mim, no qual aprendo sempre algo. Para ser honesto: todos temos de aceitar que nunca somos perfeitos e estamos ainda aprendendo.
Depois de terminar em segundo lugar em Cingapura, você acalmou o time pelo rádio e disse que ainda alcançaria os rivais. Você de fato alcançaria se não tivesse quebrado na Coreia do Sul e ainda assim se mostrou calmo. Essa maturidade dá mais confiança para pilotar?
Eu não diria que a maturidade dá mais confiança. Apenas estou empurrando meu time e a mim mesmo para a frente, para conseguirmos o melhor resultado possível nas corridas.
Você foi criticado por erros este ano, mas sua velocidade se manteve intacta e você ainda está vivo na briga. Você mudou algo na forma de encarar as corridas após essas críticas?
Não, absolutamente. Sei exatamente o que fiz certo e o que fiz errado. Acho que você precisa tanto de autoconfiança e autocrítica para crescer com seus objetivos.
Jenson Button chegou a dizer que você conquistaria o título. Você viu essa previsão?
Sim, mas, para ser honesto, acho que ao meu lado na briga pelo campeonato ainda estão Jenson, Fernando, Lewis e Mark.
Este ano tivemos uma briga muito apertada entre cinco pilotos pelo campeonato. O que você mais admira em cada um dos seus quatro rivais?
(Pausa) Nosso mesmo desejo de vencer o campeonato.
Depois da colisão com Mark Webber no GP da Turquia, você pareceu muito irritado, mas depois estava mais calmo no paddock. Como foram as conversas com ele e Christian Horner?
Diferentes...
Como assim?
Diferentes. Só isso.
A Red Bull tem apenas seis anos, mas se tornou popular entre os fãs e rapidamente se colocou numa posição de brigar pelo título. Qual é o segredo?
Bem, não estou seguro se queremos revelar aos nossos competidores o segredo de nosso sucesso (risos). Mas, agora falando sério. Acredito que o que você vê é o resultado de um duro trabalho de todo o time na pista e na fábrica.
Você tem contrato com a Red Bull até o fim da próxima temporada e a McLaren já mostrou interesse em contratá-lo. Você está aberto para conversar com outras escuderias?
Eu me sinto muito bem na Red Bull e é por isso que a Red Bull é o primeiro endereço.
Você sempre se declarou um fã de Michael Schumacher e começou a correr contra ele este ano. Vocês conversam muito?
Nós dois somos muito ocupados, mas, sempre que temos tempo, é claro que conversamos, mas não há um assunto específico. Falamos apenas o que vem à nossa mente.
A Ferrari foi muito criticada no Brasil pelo jogo de equipe no GP da Alemanha (Felipe Massa cedeu a vitória a Fernando Alonso). O que você pensa sobre mudar o resultado de uma corrida?
Depende de cada situação e, principalmente, do que o regulamento diz a você.
E como será no GP do Brasil? Christian Horner disse que você não fará jogo de equipe para Mark Webber.
Acredito que ainda posso ser campeão, ainda há 50 pontos em jogo. Todos tiveram altos e baixos, mas eu tive mais. Vou tentar tirar o máximo do carro e acho que em termos de performance, não há o que melhorar.
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