| 30/09/2010 07h10min
Se faltava um elemento para a eleição à presidência do Inter sair dos gabinetes, agora não falta mais. A maior e mais importante torcida colorada decidiu tomar lado na campanha. E o fará através de um ato formal.
No jogo contra Guarani, sábado, os líderes da Guarda Popular erguerão 13 bumbos trazidos da Argentina. Cada bumbo exibirá uma letra, e as letras juntas formarão o nome Pedro Affatato, que disputa com Giovanni Luigi a condição de candidato da situação ao trono de Vitorio Piffero.
Criada ao anoitecer de 2004 atrás da goleira do placar eletrônico a partir da extinção da coréia, a Popular mudou o jeito de torcer no Beira-Rio. Abrigou os colorados mais pobres que assistiam aos jogos de pé por conta do preço mais em conta e os integrantes de organizadas que não queriam se cadastrar.
Hoje, o espaço destinado a Popular é de 8 mil pessoas. Destes, cerca de 90% são sócios. E sócio vota, caso a eleição vá para o segundo turno. Mais: a Popular influencia colorados Brasil afora, e não apenas seus seguidores. A Camisa Vermelha virou hino. Foi para no Jornal Nacional. Quando parte de seus integrantes não se envolve com violência, é um show à parte.
Conversei com Hierro Martins, principal líder da Popular. Ele não pretende que o ato seja interpretado como repúdio a Luigi, mas de apoio a Affatato. Se Luigi for o presidente, Hierro garante que a Popular seguirá pulando e cantando para começar a festa.
Affatato é considerado um dirigente mais próximo, sempre pronto a defender os pleitos da torcida de peito aberto, sobretudo diante da Brigada Militar. Ajudou a trazer bumbos de Buenos Aires e lutou para colocá-los dentro do estádio, por exemplo.
Hierro também garante que o apoio não será uma troca de benesses, como subsídios para jogos fora de casa. Hoje, isso não ocorre em jogos do Brasileirão. A direção ajuda em partidas longe do Beira-Rio na Libertadores, pelo que representa a competição.
Bem, o fato é que a eleição ganha um elemento importante: o apoio oficial dos líderes da Popular a um dos candidatos. No caso, Pedro Affatato.
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