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 | 27/09/2010 23h37min

Renê Simões explica suas críticas a Neymar

Treinador se aprofundou na questão da educação dos atletas e opinou sobre a demissão de Dorival

Ao fim da partida entre Atlético-GO e Santos pelo Campeonato Brasileiro, Renê Simões falou a respeito do atacante Neymar, dizendo, inclusive, que o futebol brasileiro estava "criando um monstro":

— Eu poucas vezes vi alguém tão mal educado desportivamente como esse rapaz. Alguém educa esse rapaz ou vamos criar um monstro. Estamos criando um monstro no futebol brasileiro.

Em participação no programa "Bem, Amigos", do SporTV, Renê Simões comentou sobre as palavras que proferiu após tal partida:

— É preciso que se coloquem as coisas no seu devido lugar. Primeiro, eu não fugi da responsabilidade. Falei tudo que tinha acontecido no jogo. Falei do Atlético (Goianiense), depois entrei com esse fato, dizendo que o Neymar é muito mal-educado desportivamente. Para a informação dos pais (de Neymar), eu usei a palavra "desportivamente", portanto, me referi ao que acontece na carreira dele — salientou o treinador.

O técnico destacou o talento do jovem, mas salientou um aspecto do fatídico dia que não repercutiu tanto na ocasião:

— Eu gosto do futebol arte, gosto do futebol que o Neymar joga. Em nome desse futebol arte, fiz o meu chamado ao debate publico sobre esse menino, que é um fenômeno. Fiz isso por tudo que eu constatei, mas não mostrei nessa entrevista, eu falei dos palavrões, sobre o capitão do time, sobre o treinador, mas me chamou muito a atenção quando, no quarto gol, o árbitro o chamou para retornar ao seu campo e ele não deu a mínima. Eu disse ao árbitro: "você tem responsabilidade na educação desse menino"..."você deveria ter marcado as faltas e mostrado o cartão". Tenho três filhas e as eduquei assim, chamando a atenção. Eu nunca quis o mal do Neymar, mas espero que o Neymar e todo o futebol brasileiro tenham se incomodado com o fato — afirmou Renê.

Renê comentou, ainda, o desfecho do caso — a demissão de Dorival Júnior por parte da diretoria do Santos:

— A função do cargo de treinador pertence só ao treinador, não cabe a diretoria nenhuma. No entanto, meu cargo é do clube, logo não foi feito nada ilegal. Mesmo assim, temos de discutir a parte que tange à moral, à ética. Estamos cansados dessas mensagens de superioridade, de "sabe com quem está falando?" Eu tinha que usar algo forte, para que chocasse as pessoas — finalizou.

LANCEPRESS
 
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