Esportes | 15/09/2010 11h30min
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Luiz Felipe Scolari e Paulo Paixão são velhos conhecidos. O preparador físico, hoje no Grêmio novamente, já trabalhou por vários anos ao lado do treinador, e conquistou com ele muitos títulos importantes, tanto no Grêmio como na Seleção Brasileira. Por isso, ninguém melhor que Paixão para falar sobre o comandante da equipe adversária do Tricolor nesta quarta, no Olímpico.
– Pela capacidade dele podemos esperar tudo. Todo o cuidado é pouco se tratando de Felipão – projeta o preparador físico.
Palmeiras e Grêmio têm a mesma pontuação na tabela de classificação do Brasileirão: 26 pontos. O Tricolor fica uma posição à frente, em 12º, porque tem uma vitória a mais - seis contra cinco.
– Vejo um time bom, um time novo. Saiu muita gente, vieram outros, o Valdívia voltou. Não podemos dizer que o treinador não se adaptou, ele precisa de tempo para trabalhar – avalia Paixão sobre a equipe treinada por Felipão.
Felipão se tornou ídolo no Grêmio pelas características de ser um treinador de pulso firme, e também pelos títulos conquistados, como a Libertadores de 1995, o Brasileirão de 1996, além de ter chegado à final do Mundial em 95, quando perdeu para o Ajax.
– Ele formou um grupo vencedor no Grêmio e cresceu com isso. O Grêmio projetou ele para o mundo, e ele é muito agradecido por isso – destaca Paixão.
O preparador físico do Grêmio considera Felipão muito bom no que diz respeito à parte tática. Mas também destaca o lado motivador do comandante.
– Taticamente o Felipão é muito bom. E é motivador também. Não se pode dar a ele alguma palavra, alguma declaração polêmica que ele pode usar no vestiário contra o adversário – alerta.
Renato x Felipão
Paixão agora está tendo a oportunidade de trabalhar com o técnico Renato. Outro gaúcho de personalidade forte. Fator que ele identifica como semelhante entre os dois técnicos.
– São dois gaúchos, motivadores, trabalham em cima da motivação do atleta. O papo é tanto individual como coletivo. São dois grandes ídolos do Grêmio e o torcedor vai vir apoiar no estádio – projeta.
De ídolo para ídolo
Renato, por sua vez, destaca a admiração que tem por Felipão. Assim como disse Paixão, o treinador gremista acredita que tanto ele como o técnico do Palmeiras comandam o vestiário com "pulso firme".
– Uma das coisas que eu não abro mão é o pulso firme, por isso eu converso muito com o grupo. Agora, o jogador de futebol testa o treinador diariamente. Se ele está sentindo que toma conta do treinador, o melhor é o treinador ir embora, porque não tem jeito. O treinador tem que estar sempre com o grupo na mão. Talvez seja por aí a semelhança entre o trabalho do Felipão e o meu, mas cada um com suas características – analisa.
Mas, como sempre, Renato não deixou de brincar durante a entrevista.
– Com toda a humildade, ainda bem que ele (Felipão) não me pegou pela frente como jogador – dispara Renato, sorrindo.
– Ele vai pensar da mesma forma: ainda bem que eu não peguei o Renato! Pode perguntar pra ele! – continuou o técnico gremista, sempre bem-humorado.
Para Renato, o Palmeiras enfrenta o mesmo problema que o Grêmio, mas o Tricolor conseguiu crescer mais rápido com a troca de técnico.
– O Palmeiras não se encontrou ainda, mas tem um bom time, tem um grupo muito bom, e tem o Felipão. Daqui a pouco vai começar a ganhar, vai se acertar. O Grêmio se acertou mais rápido que o Palmeiras, mas é mais ou menos a mesma situação, daqui a pouco se acerta – opina.
Próximo jogo, 15/09
Brasileirão: Grêmio x Palmeiras
Local: Estádio Olímpico
Horário: 19h30min
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