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Mundo  | 05/09/2010 22h18min

Jaula de dois metros será usada para libertar mineiros presos no Chile

Resgate deverá ser feito no início de novembro, no cenário mais otimista

Uma jaula de 2 a 2,5 metros de comprimento e de 55 a 60 cm de diâmetro será usada para a libertação dos 33 mineiros presos há um mês em uma mina do norte do Chile, e levará de 20 a 30 minutos para chegar ao local onde os trabalhadores estão por um dos três dutos que estão sendo perfurados.

Eles completam um mês de confinamento neste domingo, e muitos estão cansados e irritados, segundo os parentes, que conversaram com as vítimas por um sistema fechado de TV.

O resgate deverá ser feito "no início de novembro, no cenário mais otimista, e no início de dezembro, se houver problemas", dependendo das condições no local e das possíveis falhas técnicas no processo, segundo um documento divulgado pelas equipes de resgate.

Para içar a jaula, as equipes de resgate a prenderão a um "guincho das perfuradoras", que deverá levá-la à superfície a uma velocidade de 4 metros por segundo, que, no entanto, poderá ser reduzida devido aos prováveis choques da jaula no revestimento do duto. No interior da jaula, os mineiros terão oxigênio, água, alimentação, luz artificial e até comunicação com o exterior para manterem contato durante todo o trajeto.

Para sair, os mineiros presos a 700 metros de profundidade deverão percorrer um dos três ductos que estão sendo perfurados verticalmente na direção de diferentes pontos da mina. O "plano A" consiste em perfurar 702 metros com a máquina Raise Borer (modelo Strata 950), até chegar ao refúgio onde, teoricamente, estão os mineiros, após 3 ou 4 meses de trabalho.

A Strata 950 havia avançado neste domingo pouco mais de 40 metros. Outra opção, projetada em um "plano B", seria alcançar o local onde são realizadas as operações de mineração, a 620 metros de profundidade, graças à perfuração do equipamento Scrhramm T130, que normalmente busca poços de água e que na mina San José aproveitaria uma das sondas já existentes para alargá-la com um martelo. A T130 levaria 3 meses para chegar ao local.

No entanto, um "plano C" seria capaz de encurtar mais o tempo e reduzi-lo a dois meses, na melhor das hipóteses, ao ter que perfurar 597 metros para chegar a uma das rampas de acesso aos mineiros. A protagonista deste terceiro plano seria uma sonda para operações de busca de petróleo, que pode perfurar a até 2.000 metros de profundidade, mas que precisa de uma grande área (100 metros de comprimento por 80 metros de largura) para a sua instalação.

Até agora, o primeiro plano era o único que havia entrado na fase de perfuração, enquanto a T130 do "plano B" começava neste domingo e as equipes continuavam preparando a área para instalar a sonda petroleira. Os técnicos insistem que há "riscos inerentes às características do maciço rochoso" e indicam que com as três opções diferentes há "razoável segurança de êxito".

Os 33 mineiros — 32 chilenos e um boliviano — ficaram presos em 5 de agosto e apenas 17 dias depois as autoridades conseguiram estabelecer contato e confirmar que todos estavam vivos. Desde então, as equipes de resgate iniciaram uma troca de comunicações com os mineiros e a enviar alimentos e outros objetos. Esta semana, o grupo superou o recorde de três mineiros chineses, que em 2009 sobreviveram por 25 dias no interior de uma mina no sul da China.

Em gráfico, veja como é a mina e entenda as operações de resgate.  

 

AFP
 
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