Gerhard Berger não pretende voltar à Fórmula-1 num futuro próximo. O austríaco falou no lançamento da exposição fotográfica “Jochen Rindt - o primeiro superstar da Fórmula-1”, na galeria Westlicht, em Viena, e negou com veemência os rumores de que poderia se tornar sócio de Peter Sauber a partir do ano que vem.

— Isso é besteira, um rumor que não tem nenhum fundo de verdade. Não pretendo voltar a trabalhar numa equipe de Fórmula 1, pelo menos não tão cedo — afirmou o ex-piloto, que chegou ao evento de muletas e com o pé direito engessado:

— Foi uma ferida mal curada que infeccionou.

Berger também fez seus prognósticos sobre a disputa do título da temporada.

— Está sendo um bom campeonato, muito bom para a F-1, com um fator de emoção comparável ao de três anos atrás, quando o título foi decidido na última curva da última corrida. A disputa ainda está completamente em aberto. Mas acho que a Red Bull tem o melhor carro e, no final, um de seus pilotos ganhará o título. Vejo os dois com chances ainda — afirmou.

Sobre Rindt, cujo acidente fatal em Monza completa 40 anos neste domingo, Berger reconheceu a importância do campeão póstumo em sua carreira.

— Ele foi o avô do automobilismo na Áustria, então é o meu avô também. Vendo estas fotos aqui, salta aos olhos como ele era carismático. Era uma época fantástica. Talvez a mais bonita na história do esporte, mas infelizmente uma em que era muito difícil sobreviver — ponderou.

O austríaco também traçou alguns paralelos entre Jochen Rindt e o amigo Ayrton Senna.

— Infelizmente ambos morreram muito cedo. Tinham não apenas a vida inteira pela frente, mas muito sucesso a ser conquistado também. Existe uma divisão especial no nosso esporte de pilotos que estão muito acima dos outros. E tanto Jochen como Ayrton estavam nessa divisão, sem dúvida nenhuma — comparou.