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 | 17/08/2010 09h04min

La Niña pode provocar estiagem em Santa Catarina

Primavera e verão podem ser marcadas por menos chuva que o normal no Estado

Santa Catarina deve se preparar para um período de tempo mais seco entre a próxima primavera e o verão. Pelo menos é o que indicam as análises climáticas, que apontam a atuação do fenômeno La Niña (resfriamento das águas do Oceano Pacífico na região do Equador).

A condição faz com que o regime de chuva sofra diminuição no Sul do país — com possibilidade de forte estiagem em cidades catarinenses.

A redução da temperatura no mar na linha equatorial, associada a outros fenômenos climáticos, já começa ser notada no Estado.

O volume de chuva registrado na primeira quinzena de agosto está abaixo do normal no Oeste, que costuma sofrer com a falta de chuva durante o verão. Na região, o acumulado de chuva costuma atingir média entre 130 milímetros (mm) e 140mm.

Até o dia 15, choveu no máximo 60mm em cidades desta parte do Estado. No restante das regiões, os índices estão próximos da média de chuva para o período. 

— O prolongamento das massas de ar polar durante este inverno e o volume de chuva abaixo do normal no Oeste já são indícios do início da ação do La Niña. Isso nos indica a possibilidade da intensificação do fenômeno, que costuma provocar períodos de pouca chuva entre a primavera e o verão — explica Leandro Puchalski, da Central RBS de Meteorologia.

Além de menos chuva, o La Niña também deve prolongar o período da chegada de massas de ar frio ao Estado, que pode ir até o começo da primavera. Normalmente, o frio começa a dar uma trégua logo no final do inverno.

O especialista ressalta que as análises podem servir de alerta para que os órgãos responsáveis e para que a população se previna para a estiagem, que pode provocar a restrição no consumo de água e prejuízos para a agricultura.

Confirmação

Na semana do mês, meteorologistas do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos concluíram que o La Niña já está ativo, depois de observar que três diferentes regiões de uma área do mar que se estende do Leste da Austrália ao Oeste do Peru estão com temperaturas abaixo da média, configurando a existência do fenômeno. 

A maioria dos simuladores dos especialistas indicam que, entre 2010 e 2011, o La Niña deve ter intensidade moderada a forte. O efeito desse resfriamento no Sul do Brasil será um verão menos chuvoso, com risco de seca em algumas áreas.

DIARIO.COM.BR

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