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Esportes  | 09/08/2010 07h48min

Duda cogita Dunga para substituir Silas

Saída de Meira estava definida desde antes do jogo

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Desde ontem, Renato Portaluppi, Geninho e até mesmo Dunga são cotados para treinar o Grêmio. Um deles assumiria no lugar de Silas, demitido após a derrota por 2 a 1 para o Fluminense, no Olímpico. Mário Sérgio é outra alternativa forte. Dunga teve seu nome citado espontaneamente por Duda Kroeff, que gosta de seu estilo vigoroso, sem se importar com o fato de Dunga ter um passado ligado ao Inter.

No lugar do diretor Luiz Onofre Meira, assumiu interinamente o assessor Alberto Guerra. Conforme o presidente Duda Kroeff, é forte a possibilidade de que ele permaneça. Cogitado, Renato Moreira, que estava no clube em 2005, ano da volta à Série A, não assumirá por compromissos oficiais.

Se a saída de Meira tivesse ocorrido há 20 dias, o substituto seria Antônio Vicente Martins. Liderança do movimento Grêmio Independente, de oposição, sua entrada representaria a sonhada unificação política do clube.

A maior dificuldade para a contratação de Renato Portaluppi é financeira. Além do salário de R$ 200 mil, o Bahia promete premiá-lo com R$ 1 milhão caso consiga uma das vagas para a Série A em 2011.

A vinda de Portaluppi faria a realização de um sonho do ex-presidente Fábio Koff, que queria vê-lo no clube no ano passado, antes da contratação de Paulo Autuori para o lugar de Celso Roth.

Tite foi descartado por Duda devido às dificuldades de relacionamento com Paulo Paixão.

Geninho é outro cotado, embora tenha contestados os seus métodos de mobilizar um grupo de jogadores.

A entrevista coletiva em que o presidente Duda Kroeff anunciou a saída de Silas e Luiz Onofre Meira foi apenas a formalização de uma decisão tomada pelo menos seis horas antes. Ao meio-dia, Meira havia comunicado a sua mulher que deixaria o clube, independentemente do resultado do jogo contra o Fluminense. Sentia-se "no limite", após dois anos e cinco meses no cargo. Havia assumido em abril de 2008, junto com André Krieger, no lugar de Paulo Pelaipe, mesmo identificado com a Oposição. A convite de Odone, permaneceu no cargo quando Krieger saiu, após a Libertadores do ano passado.

— Essas coisas não se decidem assim, de uma hora para outra, já vinha tratando no dia-a-dia com Duda — revelou.

Encerrado o jogo, ao lado de Silas, Meira percorreu toda a extensão do túnel que conduz ao vestiário. Ao contrário de outros jogos, havia burlado a determinação da CBF que proíbe dirigentes de ficarem na casamata e, "meio escondido", viu o jogo a poucos metros do gramado.

Já no vestiário, enquanto os torcedores se reuniam no portão 3 para protestar, diante de um pelotão de brigadianos, Meira fechou-se em sua sala com Duda Kroeff e avisou:

— Terminou, não dá mais — avisou, sem dar chances ao presidente de pedir para ficar.
Chorando, os dois decidiram então pelo pronunciamento oficial.

Em gráfico, saiba mais sobre a passagem de Silas pelo Olímpico:

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