| 27/06/2010 21h
Se a primeira fase da Copa do Mundo foi marcada por azarões, as oitavas de final vão ficar na história por problemas sérios com erros de arbitragens. Até então, os resultados de dois jogos passaram pelo apito dos juízes Jorge Larrionda e Roberto Rosetti, nas partidas Alemanha 4x1 Inglaterra e Argentina 3x1 México, respectivamente.
No duelo da Argentina, a partida estava empatada sem gols quando Tevez dividiu com o goleiro Perez, aos 36 minutos. A bola voltou para Messi, que lançou o companheiro. Em impedimento, Tevez tocou de cabeça e foi comemorar. Após conversar com o auxiliar, o árbitro Roberto Rosetti validou o gol, para muita reclamação dos mexicanos.
Para Chico Garcia, comentarista de arbitragem da Rádio Gaúcha, foi um erro grave porque o auxiliar estava “mal posicionado”.
– Não foi um lance duvidoso e sim muito claro. O assistente estava muito mal posicionado, antes da linha da zaga. Não tinha a melhor visão para ver o lance – opina Chico.
Na outra partida, a falha foi ainda mais grave. A Alemanha vencia por 2 a 1, quando Lampard, aos 38 minutos, chutou da entrada da área. A bola bateu no travessão e passou da linha, ao quicar no gramado, mas Larrionda mandou seguir. Até mesmo o técnico da seleção alemã, Joachim Löw, admitiu que o gol anulado foi legítimo.
– Pelo que vi na televisão, a bola passou da linha. O gol teria que ser validado – comentou o técnico.
Para o ex-árbitro Renato Marsiglia, comentarista da Rede Globo, o gol anulado de Lampard foi “injustificável”.
– No gol da Inglaterra, não há necessidade da TV para ver que foi gol, foi muito claro. Não sei o que aconteceu que com o auxiliar, que estava na linha da grande área. E não foi um chute forte do Lampard – afirma Marsiglia.
Já Chico Garcia acredita que Larrionda poderia ter chamado a responsabilidade para si e ter validado o lance de Lampard. Inclusive, o juiz poderia ter voltado atrás com o jogo em andamento, segundo o comentarista.
– Aquele lance foi erro do assistente e do árbitro. Como foi um lance muito claro, o Larrionda podia ter chamado pra ele a responsabilidade. – Se há dúvida, o juiz pode parar o jogo em andamento e consultar todos os auxiliares. Ele só não pode voltar atrás se a partida já tiver parado e continuado – afirma Chico.
Segundo Renato Marsiglia, a Fifa não estuda a possibilidade o uso de chips nas bolas porque o fabricante do equipamento não deu 100% de confiabilidade para o serviço. Já Chico Garcia acredita que o uso de auxiliares atrás dos gols poderia ajudar em resolver esses erros claros.
Por meio de nota oficial, neste domingo, a Fifa afirmou que não “comenta as decisões dos árbitros durante as partidas”.
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