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 | 22/06/2010 13h59min

Evitado por Domenech, Parreira diz: "Se ele não é querido, há razões para isso"

Técnico pode ter encerrado a carreira nesta terça-feira

Imagem padrão ao final dos jogos de Copa do Mundo, o cumprimento entre os técnicos ao fim do jogo entre África do Sul e França quebrou totalmente o protocolo. Carlos Alberto Parreira estendeu a mão para Raymond Domenech, que se negou a apertá-la e virou as costas. O brasileiro insistiu, mas o francês passou a dar-lhe uma espécie de xingão, com expressão de irritação e o dedo em riste. Parreira apenas ouviu, sorrindo. Questionado sobre o diálogo na entrevista coletiva, Parreira explicou:

— Não houve diálogo. Lamento muito o que aconteceu. Por educação e por gentileza, fui cumprimentá-lo, somos uma classe que trabalha com uma pressão muito grande. Ele não quis me cumprimentar. Eu não entendi quase nada do que ele me falou, só que eu teria ofendido a equipe dele. Eu não me lembro de ter dito nada contra a França, pelo contrário, só fiz elogios.

A situação só foi esclarecida depois:

— Um assistente um pouco mais educado foi lá no vestiário e me explicou que depois do gol com a mão do Henry eu teria dito que a França não merecia estar na Copa do Mundo. Eu não me lembro de ter dito isso, é coisa de um ano atrás. Quando ouço que ele não é muito querido lá na França, há razões suficientes para isso — criticou Parreira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com a vitória sobre a França, o técnico encerrou seu trabalho na África do Sul. Sobre o futuro, descartou assumir qualquer novo cargo até dezembro. Vai descansar pelo menos até o fim de 2010. Se voltar a trabalhar como técnico, será a partir do ano que vem, no Brasil. Garantiu que não sairá mais do país, "nem pensar". Quer ficar perto ar". Quer ficar perto dos netos, a quem mandou um beijo no meio da coletiva.

Depois de tudo isso, só restou comemorar uma carreira vitoriosa que pode ter se encerrado nesta terça-feira. Após quase ir às lágrimas durante a entrevista o treinador lembrou o recorde que estabeleceu: é o único a ter trabalhado em seis Mundiais.

— Não tenho mais o que fazer em Copa do Mundo. Só agradecer a Deus este privilégio e o fato de ainda terminar com uma vitória. Isso me deixa extremamente gratificado — disse Parreira, campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1994.

Veja como foi a definição do Grupo A

A estatísticas das partidas

CLICESPORTES
FRANÇA (1) ÁFRICA DO SUL (2)
Lloris; Sagna, Gallas, Squillaci e Clichy; Alou Diarra (Govou), Diaby, Gignac (Malouda) e Ribéry; Gourcuff e Cissé (Henry). Josephs; Ngcongca (Gaxa), Mokoena, Khumalo e Masilela; Sibaya, Khuboni (Modise), Pienaar e Tshabalala; Mphela e Parker (Nomvethe).
Técnico: Raymond Domenech Técnico: Carlos Alberto Parreira
Terceira rodada do Grupo A - Copa, 22/06/2010.
Local: Estádio Free State, Bloemfontein.
Arbitragem: Oscar Ruiz, auxiliado por Abraham Gonzalez e Humberto Clavijo (trio da Colômbia).
Gols: Khumalo (AFS) aos 20 minutos do primeiro tempo e Mphela (AFS) aos 36 minutos. Malouda aos 24 minutos do segundo tempo (FRA).
Cartões amarelos: Diaby (FRA).
Cartão vermelho: Gourcuff (FRA).
 
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