| 20/06/2010 07h02min
Depois de perder para o México na estreia, uma desacreditada Seleção Brasileira entrou no gramado do Estádio Monumental, em Maturín, na Venezuela, no 1 de junho de 2007, para enfrentar o Chile pela segunda rodada da Copa América. Era um momento decisivo, especialmente para o treinador Dunga, recém iniciando seu trabalho no comando da equipe. E também para um jogador que, apesar do grande talento, até então não passava de um coadjuvante no time.
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Três anos depois daquele jogo, em que marcou os três gols que encaminharam não apenas a vitória brasileira por 3 a 0, mas também a campanha do título e a sua escolha como melhor jogador do torneio, o paulista Robson de Souza, 26 anos, o Robinho, está pronto para assumir o papel de principal protagonista da famosa seleção de futebol do mundo.
Se Kaká não superar seus problemas físicos, deverá caber a Robinho a missão de articular as jogadas do Brasil nos gramados da África do Sul. Isso ficou claro no jogo de estreia contra a Coreia do Norte, quando Dunga substituiu o meia do Real Madrid pelo atacante Nilmar – e não por Julio Baptista, o reserva natural de Kaká –, recuando Robinho para o meio.
Jogador de confiança de Dunga e o maior talento técnico da Seleção (desenvolvido no futsal), Robinho garante que assume o papel sem problema.
– No ataque, tenho de ser mais agudo, ficar mais próximo da área. Jogando mais atrás, fico mais com a bola no pé, para servir os companheiros –disse, lembrando que atuou algumas vezes no meio no início do ano, quando o Santos jogava com três atacantes.
O posicionamento do jogador contra a Coreia reforça essa impressão: abandonando suas vistosas, mas quase sempre improdutivas pedaladas (sua marca registrada), Robinho moveu-se de um lado a outro do de ataque, municiando seus companheiros (ao todo, foram 61 passes completados, como o do milimétrico lançamento para o gol de Elano) ou arrematando a gol – concluiu seis vezes, contra apenas um chute de Kaká. Foi também um dos que mais se movimentaram, percorrendo 9,8 quilômetros.
– Sei da minha responsabilidade, e nos próximos jogos tem que ser igual ou melhor – diz.
Estrela de comerciais de TV (Samsung, Volkswagen), Robinho garante que está maduro e compenetrado, depois dos momentos difíceis que enfrentou no Real Madrid e no Manchester City. Diz que atravessa um dos melhores momentos da carreira. E sonha em ser o craque da Copa. Do jogo inicial, só uma coisa o aborreceu: não ter feito um gol para homenagear o filho, Robson Júnior, dois anos e seis meses, que estava no Ellis Park na terça-feira. Aliás, Robinho, um dos artilheiros da Seleção de Dunga, nunca marcou gol em Copa. Quem sabe não é neste domingo?
FICHA TÉCNICA
BRASIL
Júlio César, Maicon, Lucio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva (Josué), Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luis Fabiano. Técnico: Dunga.
COSTA DO MARFIM
Barry, Tiené, Zokora, Kolo Touré e Demel; Tiotê, Yaya Touré, Ebouê, Gervinho e Kalou; Dindanê (Drogba). Técnico: Sven Göran-Ericksson.
Estádio: Soccer City, Joanesburgo.
Data/hora: 20/6/2010 - 15h30min (de Brasília).
Árbitro: Stephane Lannoy (FRA).
Auxiliares: Eric Dansault (FRA) e Lauren Ugo (FRA).
Sempre sorrindo, Robinho brinca com Júlio César: atacante busca seu primeiro gol em Copas
Foto:
Antonio Scorza, AFP
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