Uma das principais dúvidas da África do Sul na Copa do Mundo não está na seleção sul-africana. A grande questão para os donos da casa é se o ex-presidente Nelson Mandela estará presente no Soccer City, na partida inaugural, entre África do Sul e México. Hoje foi a vez de Carlos Alberto Parreira, técnico dos Bafana Bafana, confirmar a presença do líder político.

– O Mandela vai à estreia sim, está confirmado. Saiu num jornal que ele não estaria no jogo, mas a família já desmentiu. Ele estará no jogo – afirma o brasileiro.

Em visita da delegação sul-africana à casa de Mandela, o treinador, campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1994, esteve com o ex-presidente da África do Sul por aproximadamente 20 minutos.

– A assessoria disse que ele não faz mais discursos, mas ele está bem de saúde, veio até nós. Foi um encontro rápido – revela Parreira.

A polêmica em torno de sua presença ocorre porque, aos 91 anos, Mandela está com a saúde debilitada e os parentes não gostariam da exposição ao inverno no estádio.

Nelson Mandela é um ícone na África do Sul em razão da luta contra o Apartheid, no ápice do racismo no país. Entre 1962 e 1990, ele esteve preso e sua libertação marcou o fim da segregação racial.

África do Sul encara Dinamarca pensando na estreia

A seleção da África do Sul terminou nesta sexta-feira a preparação para o último amistoso antes da competição. No sábado, em Pretória, a equipe de Parreira enfrenta a Dinamarca. Na opinião do técnico, será o jogo mais difícil dos Bafana Bafana antes da estreia, no dia 11 de junho, diante do México.

Desde que fez sua reestreia no comando da África do Sul, o brasileiro mantem uma invencibilidade de 11 partidas. Parreira revelou preocupação com a experiência dos dinamarqueses.

– É uma geração que vem sendo feita de quatro Copas do Mundo, tem jogadores com muitas partidas pela seleção, como Jorgensen e Sorensen. É um time muito experiente e, sem dúvida, será nosso desafio mais difícil – explica o técnico.

O comandante assistiu a vitória do México sobre a Itália, por 2 a 1, no amistoso de ontem e se impressionou com o domínio mexicano da partida. Segundo Parreira, o equilíbrio entre jogadores experientes, como Blanco e Rafa Márquez, e jovens, Vela e Hernández, é o principal trunfo da seleção rival.

– Eles não tem apenas juventude. É juventude com bons jogadores, é talento. O Hernández é um jogador maravilhoso e eles venceram os atuais campeões mundiais com muita autoridade – finaliza.