Esportes | 31/05/2010 11h47min
Luiz Felipe Scolari garante: não foi procurado por nenhum representante do Inter. Porém, não descarta a possibilidade de trabalhar no Beira-Rio. Em entrevista ao repórter Fabiano Baldasso, da Rádio Bandeirantes, o técnico reiterou que seu compromisso no momento é apenas com a família. Na quinta-feira, ele parte para Portugal, onde tentará matricular o filho Fabrício na universidade. Só depois de definir o futuro de Fabrício, ele pensará no seu.
— Só leio pela internet que existe essa possibilidade. Fico muito honrado e feliz, é um dos maiores clubes do Brasil e tem projetos interessantes para qualquer técnico de futebol, mas não houve nenhum contato. Acho até que o Internacional não tem todo este interesse que está sendo propagado, porque eu não conversei com ninguém. Fico ainda mais surpreso ao ouvir falar em números, tempo de contrato. É uma besteira, quem inventou é um maluco-beleza que tem que ser preso.
Felipão revelou ainda que empenhou a palavra a um dirigente de um grande clube do Brasil dizendo que, se decidisse voltar ao Brasil, comunicaria a esse dirigente em primeiro lugar. Caso o clube não tenha interesse na ocasião, aí ele se sentirá liberado para negociar com outros times. Não revelou qual é o clube que tem a prioridade, nem quem é a pessoa, mas adiantou que não é o Inter.
— Eu não estou afastando a possibilidade de treinar o Inter, estou dizendo que não existe nada com ninguém. Só vou ter envolvimento no futebol depois que eu definir a situação do meu filho. Se ele ficar na Europa, é uma coisa. Se ele não entrar em nenhuma faculdade, eu vou ao Brasil, levo meu filho junto e aí vou negociar com algum clube. Vou decidir daqui a uns 20 dias. Todo mundo sabe do meu envolvimento com a família. Posso até ficar ate o fim do ano parado, se for o caso, como fiz depois da Copa do Mundo.
Multicampeão pelo Grêmio, Felipão reafirmou sua ligação com o clube, mas garantiu que não se negaria a trabalhar no rival. Porém, sabe que enfrentaria uma série de restrições em função disso.
— Eu sou um profissional que trabalharia em qualquer clube do mundo, tanto que estou terminando um trabalho no Uzbequistão. Para mim não há nada que não possa ser superado com trabalho. Mas tenho que pensar nos prós e nos contras. Todo mundo sabe que fui treinador do Grêmio por muito tempo, tenho uma ligação muito grande com o clube, para quem eu torci toda minha vida. Muitos pensariam que eu estaria traindo o clube com o qual eu me identifico. Outros pensariam que eu estaria trabalhando em um clube, mas não estaria identificado com ele. Eu tenho que pensar se vale a pena trabalhar no clube contrário, se vale a pena o projeto, se dá para superar certos preconceitos. Mas neste momento eu não penso nisso, não estou preocupado — garante.
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