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 | 31/08/2009 13h52min

Marcado por escândalos, Briatore pode ser banido da F-1

Chefe da Renault é investigado por acidente envolvendo Nelsinho em 2008

Uma das figuras mais polêmicas da Fórmula-1 atual, Flavio Briatore, de 59 anos, teve seu nome envolvido em vários escândalos na categoria. Perto de completar 20 anos de carreira no esporte, o dirigente italiano da Renault pode ser banido do esporte.  A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) contratou uma empresa independente para investigar o acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura de 2008, fato decisivo para a vitória de Alonso.

Briatore teria mandado o brasileiro bater de propósito na 16ª volta, três após o primeiro pit stop do espanhol. Se as acusações forem confirmadas pela FIA, o dirigente pode até ser banido do esporte por manipular o resultado de uma corrida e seus pilotos – Alonso e Nelsinho – punidos de forma exemplar, se for confirmada a cumplicidade de ambos no caso. Não é a primeira vez em que o dirigente corre risco de punições na F-1.
 
Os métodos duvidosos de Flavio Briatore começaram a se manifestar em sua segunda temporada comandando a Benetton na Fórmula-1. Em 1991, o dirigente demitiu Roberto Pupo Moreno e colocou o então novato Michael Schumacher em seu lugar, durante a temporada, no GP da Itália. O veterano brasileiro sequer foi avisado da decisão da equipe. Nesta época, ele corria ao lado do tricampeão Nelson Piquet.

Três anos depois, em 1994, uma série de denúncias contra a Benetton manchou o primeiro título de Schumacher na F-1. A categoria reestreava o reabastecimento, que viria a ser decisivo na estratégia das equipes. Briatore mandou tirar o filtro das máquinas de sua equipe, o que acelerava o processo, mas o tornava muito inseguro. A falcatrua foi descoberta após o incêndio no carro de Jos Verstappen no GP da Alemanha, em Hockenheim, que quase matou o piloto e os mecânicos da equipe.
 
No mesmo ano, a Benetton foi acusada de usar dispositivos eletrônicos (proibidos) disfarçados em seu carro, como o controle de tração e de largada. Schumacher ainda colocou a cereja no bolo, ao conquistar o campeonato jogando o carro sobre Damon Hill, da Williams, no GP da Austrália, última corrida do ano.
 
No fim da temporada de 1994, Briatore comprou a francesa Ligier para adquirir o direito de uso dos motores Renault, os melhores da época. O regulamento da FIA não permitia que ele fosse o dono da equipe e ele repassou o time a Tom Walkinshaw, dono da TWR, também conhecido por manobras duvidosas em outras categorias. Os propulsores acabaram nos carros da Benetton.
 
O título de Schumacher em 1995 foi o último brilho desta época da Benetton. A saída do alemão, junto com vários membros da equipe técnica, colocou o time na metade do grid. Em 1996, Briatore comprou uma parte da Minardi, mas não conseguiu vendê-la como o esperado. No ano seguinte, ele foi demitido da Benetton.

Em 2003, Briatore demitiu Jenson Button e colocou Fernando Alonso, seu piloto, na vaga na Renault. Além do espanhol, o dirigente foi empresário de pilotos como Mark Webber, Heikki Kovalainen, Jarno Trulli e Nelsinho Piquet.
 
Neste ano, Briatore protagonizou uma grande polêmica com o brasileiro Nelsinho Piquet. Insatisfeito com o desempenho do piloto, o dirigente chegou a ameaçar demiti-lo pouco antes da largada das corridas. Após o GP da Hungria, ele foi desligado do time e acusou o empresário de ser seu carrasco e de apenas tomar 20% de seu salário.

Com informações do GloboEsporte.com 

Eugene Hoshiko, AP / 

Briatore tem uma carreira marcada por escândalos na F-1
Foto:  Eugene Hoshiko, AP


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