Após quatro anos, o Brasil volta a ter apenas um representante no grid de uma corrida da Fórmula-1. Desde o GP dos Estados Unidos de 2005, quando apenas seis carros largaram, o país não tinha um número tão pequeno de pilotos na categoria. Na ocasião, assim como agora, apenas Rubens Barrichello, então na Ferrari, disputou a prova, realizada em Indianápolis. Felipe Massa, da Sauber, e Ricardo Zonta, da Toyota, não puderam correr devido a uma decisão de suas equipes.

Este GP, aliás, foi um dos mais problemáticos da história da Fórmula-1. Devido a problemas de segurança com os pneus Michelin, que equipavam sete das 10 equipes da categoria, os times decidiram não correr, após o acidente com a Williams de Ralf Schumacher nos treinos. Os 14 carros deram a volta de apresentação e entraram nos boxes. Apenas Ferrari, Jordan e Minardi, que usavam Bridgestone, disputaram a prova, vencida por Michael Schumacher, segundo o site Globoesporte.com.

Três anos antes, em 2002, o país teve apenas um piloto, coincidentemente, no GP dos Estados Unidos. E ele era Rubens Barrichello, ainda na Ferrari. Na ocasião, Felipe Massa tinha sido substituído na Sauber por Heinz-Harald Frentzen, após ser punido com 10 posições devido a um acidente com Pedro de la Rosa no GP da Itália, duas semanas antes. E Enrique Bernoldi, outro piloto do país no início da temporada, estava fora após sua equipe, a Arrows, declarar falência e abandonar a Fórmula-1 após o GP da Alemanha.

Aliás, Barrichello venceu a corrida, marcada por uma chegada controversa. Em primeiro, Michael Schumacher diminuiu a velocidade nas voltas finais, para tentar fazer com que ele e o brasileiro cruzassem a linha de chegada lado a lado. Só que, na reta, Barrichello acelerou um pouco e tirou o primeiro lugar do alemão por apenas 11 milésimos. A cena relembrou o GP da Áustria do mesmo ano, quando Barrichello foi obrigado a ceder a vitória para o companheiro a poucos metros da chegada, causando uma sonora vaia no autódromo de A1-Ring.