Dono da cobiçada camisa nove da Seleção Brasileira e autor de 14 gols em 17 jogos sob o comando de Dunga, o atacante Luis Fabiano ainda busca um reconhecimento internacional. Para ele, Copa das Confederações pode ser a chance de dar a arrancada necessária no futebol europeu e deixar o Sevilla, um clube que tem feito boas temporadas no Espanhol, mas é considerado de segundo escalão no continente.

Com três gols na Copa das Confederações pelo Brasil, o Luis Fabiano é um dos artilheiros. Está empatado com os espanhóis Fernando Torres e David Villa. Mas ele considera que ainda é pouco para dar uma virada na carreira.

– Com certeza tem gente acompanhando o que eu venho fazendo. Mas ainda não é suficiente. Para ser reconhecido, tenho de sair pelo menos com o título e se der com a artilharia. E ser um dos destaques – disse Luis Fabiano, que na última partida fez dois gols na Itália, atual campeã do mundo.

Já prevendo o sucesso de Luis Fabiano na Copa das Confederações, o Sevilla estipulou um valor que aceita negociar o atacante: € 30 milhões, cerca de R$ 85 milhões. O atacante ainda tem dois anos de contrato com o time espanhol, que vê o momento certo de faturar.

"Não quero ser o destaque, quero ser campeão"

Luís Fabiano deixa claro que a Seleção Brasileira está em primeiro lugar. E lembra que o objetivo principal de quem está na África do Sul é o título. Nada de egoísmo neste momento decisivo em que o técnico Dunga está definindo o grupo da Copa do Mundo de 2010. O atacante reafirma que somente quer ser um dos destaques da equipe.

– Não quero ser o destaque, quero ser campeão. De nada adiantaria ser artilheiro e vice-campeão. Ninguém lembra de quem não ganhou o título. Mas posso ser um dos destaques da Seleção. E se tiver a oportunidade de fazer os gols para ser artilheiro, será ótimo. O grupo está unido e todo mundo merece. Não só eu. Não posso pensar só em mim – disse o jogador, segundo o site Globoesporte.com.

Oportunidades

O atacante esteve perto de ir para a Copa do Mundo de 2006, mas perdeu a disputa com Fred. Luis Fabiano explica o que mudou daquela época para agora e por que não conseguiu se firmar antes na Seleção.

– Oportunidade. Na minha primeira passagem, não tive oportunidade porque não joguei tanto. E também quem estava lá era o Ronaldo, era muito difícil jogar. Ele vivia um momento muito bom, fazia gols, era visto como o melhor atacante do mundo. E a oportunidade não pintava. Agora tenho uma sequência de jogos, estou mais maduro, vivo uma fase excelente na Espanha. Tudo isso é influência no trabalho dentro de campo. Mas o fator principal é ter oportunidade. Ter sequência e mostrar realmente que tem condições de estar na Seleção. É o que vem acontecendo. Estou tranquilo e tenho a confiança do treinador.

Brasil e África do Sul se enfrentam às 15h30min (horário de Brasília) nesta quinta, pelas semifinais da Copa das Confederações. A partida ocorre no estádio Ellis Park, em Joanesburgo.