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 | 27/05/2009 03h01min

Defesa do Inter sofreu apenas 17 gols em 2009

O paredão passa por novo teste hoje na abertura das semifinais da Copa do Brasil

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Numa competição como a Copa do Brasil, em que não sofrer gols pode valer tanto quanto fazê-los, a solidez do sistema defensivo responde por metade do sucesso do Inter. O chamado paredão, vazado apenas 17 vezes em 2009, passa por novo teste hoje, contra o Coritiba, na abertura das semifinais. O jogo no Beira-Rio começa às 21h50min.

Excluído o amistoso contra o Figueirense, em que os titulares foram poupados, o Inter sofreu somente quatro gols nas 13 partidas em abril e maio. A média é de meio gol por jogo. Este ano, o time levou mais do que um gol apenas nos confrontos com Esportivo e Juventude, em março. Entre os 8 a 1 contra o Caxias, dia 19 de abril, e o 2 a 1 sobre o Flamengo, na semana passada, o goleiro Lauro passou seis partidas oficiais sem ver a bola entrar.

A eficiência se mantém mesmo quando o técnico Tite é forçado a fazer alterações. Além do quarteto básico, formado por Bolívar, Índio, Álvaro e Kleber, já foram utilizados Danilo Silva, Danny Morais, Sorondo e Marcelo Cordeiro.

Fernando Carvalho aposta na máxima de que uma equipe vencedora começa por uma boa defesa. Ontem, o vice de futebol voltou no tempo para recordar o falecido treinador Daltro Menezes, que, na década de 70, reorganizou a defesa do Inter ao promover a entrada no time do zagueiro Walmir Louruz e do lateral-esquerdo Jorge Andrade.

– Nos últimos jogos, a defesa tem segurado mais do que o ataque – atesta Carvalho.

O sistema começa com a ajuda dos três homens do ataque

Tite usa o jogo contra o Flamengo, na semana passada, como exemplo de exposição a riscos de gol sofrido em casa. Para o técnico, qualquer tipo de vantagem será importante hoje à noite. Desde que o Coritiba não marque. Satisfeito com o desempenho defensivo de sua equipe, atribui o rendimento ao envolvimento de todo o grupo com uma única causa.

– Não gosto de individualizar os setores. Valorizo o sistema defensivo como um todo. O trabalho começa lá na frente, quando D’Alessandro, Taison e Nilmar preenchem os espaços e induzem os adversários ao erro – ensina o técnico.

– Desde a pré-temporada, Tite destaca a importância de um time equilibrado. É o que se vê agora. Como os jogos ficaram mais difíceis, o ataque não faz tantos gols. Em compensação, a defesa também não toma – afirma Lauro.

Boa parte desse desempenho deve-se ao goleiro de 28 anos, 1m93cm, que impressiona pelo estilo discreto. Aos olhos dos torcedores, duas defesas feitas por ele tiveram importância igual aos gols marcados por Taison ou Nilmar. Uma delas, no chute do zagueiro Ronaldo Angelim no empate sem gols contra o Flamengo, no Maracanã. Outra, o recuo de Sandro, contra o Goiás, que obrigou o goleiro a saltar no canto direito e evitar o gol contra do volante.

– Acho que minha maior virtude é não me omitir. Tenho coragem de me expor, principalmente na saída de gol – orgulha-se.

Confira os serviços de Inter e Coritiba:



A defesa em 2009*
32 jogos
17 gols sofridos
média de 0.53 por jogo
(meio gol por jogo)
(*) sem contar a derrota por 3 a 1 no amistoso contra o Figueirense
JANEIRO
Três jogos, um gol sofrido
FEVEREIRO
Oito jogos, cinco gols sofridos
MARÇO
Oito jogos, sete gols sofridos
ABRIL
Sete jogos, três gols sofridos
MAIO
Seis jogos, um gol sofrido
O Inter sofreu mais de um gol na mesma partida em apenas duas ocasiões, ambas no Gauchão:
24/3 – Esportivo 2x6 Inter
28/3 – Juventude 3x3 Inter

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