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 | 23/05/2009 03h25min

Volante universitário estreia como titular no domingo

Túlio cursa Administração à distância e sonha em fazer Medicina ao largar o futebol

Carlos Guilherme Ferreira  |  carlos.ferreira@zerohora.com.br

Se Paulo Autuori tem um volante para escalar contra o Botafogo, amanhã, às 16h, deve agradecer a José de Arimatéia. Não falamos aqui do personagem que aparece nos evangelhos do Novo Testamento, mas do pai de Túlio, o novo cão de guarda da defesa do Grêmio. O recém-contratado só joga no meio-campo porque foi tirado do gol aos 12 anos, em um torneio de Brasília. A história, veremos a seguir.

Filho de pais nascidos no interior do Piauí, Túlio cresceu em Guará, cidade-satélite do Distrito Federal. Só teve infância de classe média porque José de Arimatéia Pinheiro e a mulher, Maria Elsa, apostaram tudo no estudo. Chegaram a Brasília no fim dos anos 60 e calcaram uma lição de vida no filho que nasceria em 1976 – o terceiro de quatro irmãos: jamais esmorecer. Túlio decorou-a e a aplica em cada dividida no meio-campo.

– Nasci em berço bem melhor. Mas jamais me acomodei – conta o volante.

Pois a carreira bem-sucedida dos pais (um administrador de empresas e uma assistente social) ensinou a Túlio o apreço aos estudos. Depois de tentar faculdades de Educação Física e Ciências da Computação, quando jogava no Goiás com o amigo Fernandão, agora estuda à distância. Túlio cursa Administração pela Unisul, de Santa Catarina.

Ingressou na faculdade quando estava no Corinthians, em março. Agora, se prepara para a primeira prova, que fará aqui mesmo, em Porto Alegre. Por isso, os estudos em casa, na concentração e nas viagens do time.

Quando se despedir do futebol, ele tentará Medicina. Para isso, resgatará o perfil da infância, de aluno discreto, “que não tocava o terror, mas não era CDF”. O inverso do Túlio jogador, um protagonista. E isso graças a seu José de Arimateia.

A mudança de rumo aconteceu em um campeonato do Minas Brasília Tênis Clube. O guri Túlio era goleiro de futsal. Ganhou título de craque em torneio. Só que o time carecia de qualidade. E José de Arimateia, pai e técnico, deu um carteiraço:

– Tirei o Túlio do gol e o coloquei de cabeça de área. Fomos campeões.

Túlio pegou gosto. Em 1993, com 16 anos, chegou ao Goiás. Saiu em 2002, depois de empréstimo ao Al-Hilal, da Arábia.

Nesta semana, a mulher, Viviane, e os filhos Taís e Vitor, fecham a casa em Goiânia e chegam a Porto Alegre. Aqui, pretende seguir o estilo de aplicação e entrega. Essa dedicação ganhou até lágrimas no Botafogo, para onde foi depois de sair do Goiás, em 2003.

– O clube que marcou minha carreira foi o Botafogo. Ninguém queria ir para lá. Mas me identifiquei – revela, lembrando da campanha pela Série B.

Túlio aprovou Porto Alegre:

– Quando se escolhe um lugar para trabalhar, não se pode fazer firula.

Próximo jogo:
Grêmio x Botafogo
Data: 24/05 - domingo
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Horário: 16h

ZERO HORA
Eduardo Cecconi / 

Volante, que estreia como titular amanhã, contra o Botafogo, aproveita viagens e concentrações para estudar
Foto:  Eduardo Cecconi


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