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 | 03/05/2009 10h10min

Os loucos estão por todos os lados

Atualizada em 04/05/2009 às 17h02min Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br




Direto de São Paulo

Entro em um táxi da capital paulista. Uma pequena viagem. Em São Paulo, como se sabe, cumprir qualquer trajeto demanda alguma paciência. Mesmo em ritmo de feriado, mesmo se a distância não for tão longa assim. Nunca o trânsito é livre, jamais há uma rua desocupada pela frente, especialmente nas proximidades do Parque do Ibirapuera.

Nisso, já um tanto aborrecido com aquele anda um pouco, pára um pouco, anda mais um pouco e assim irritante e sucessivamente, escuto uns berros de torcida. Sem melodia. Não era canção. Era seco, sem firulas:

— Aqui tem um bando de loucos

Loucos por ti Corinthians

Aqueles que acham que é pouco

Eu vivo por ti Corinthians

Eu canto até ficar rouco

Eu canto para te empurrar

Vamo, meu timão

Vamo, meu timão.

Assista ao vídeo com o canto da torcida

O motorista atende o celular, cujo toque reproduzi o canto de guerra que Ronaldo transformou em hino popular do Corinthians ao se autoproclamar "mais um louco em um bando de loucos" no dia da sua apresentação, no Parque São Jorge.

A impressão é esta: todos os corintianos saíram de casa ao mesmo tempo. Primeiro, o celular que toca "Bando de Loucos". Depois, enquanto tomo um suco de laranja no restaurante do hotel, à certa altura ouço os irmãos Walter e Eduardo Santos, da Sogipa, em São Paulo com a seleção brasileira para o Desafio Internacional de Judô:

— Amanhã não tem jeito. Já era — diz Eduardo, confiante.

— Será que a gente consegue dar uma olhada no jogo? — responde o singelo Walter, 2m01cm de altura e 140 quilos.

Os dois, claro, são corintianos. Eles estão por toda a parte. A Força Sindical espalhou telões pela cidade para passar o jogo. A direção mandou fazer camisetas com a inscrição "Campeão Invicto" para a invasão de campo. O banco Panamericano, de Sílvio Santos, anunciou patrocínio até o fim do ano. Corinthans, Corinthians, é só o que parece existir em São Paulo.

Das duas, uma: se o Santos conseguir vencer por três gols de diferença e ficar com o título no Pacaembu, às 16h, teremos um velório e tanto. Do contrário, será uma catarse coletiva.

Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.

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