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 | 09/01/2009 16h02min

Corredor amador brasileiro não trata corretamente a dor

Estudo mostra que 71,2% dos praticantes tiveram problema em decorrência do esporte

As pessoas que praticam a corrida como forma de manter atividade física precisam prestar mais atenção à dor. O resultado está na pesquisa QUAC – BR (Questionário de Avaliação de Corredores - Brasil), a maior já realizada no país com o perfil do corredor amador brasileiro. O estudo avaliou 7.731 corredores, homens e mulheres, com idades entre 19 e 77 anos.

– A pesquisa é um retrato de como o corredor amador desenvolve essa atividade e os reflexos na sua saúde – avaliou o ortopedista Rogério Teixeira, vice-presidente do Comitê de Traumatologia Desportiva da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, coordenador do estudo. A pesquisa QUAC-BR foi realizada pelo NEO – Núcleo de Estudos em Esporte e Ortopedia, também coordenado pelo médico.

De acordo com a pesquisa QUAC - BR, 71,2% dos entrevistados declararam já ter tratado algum tipo de dor em decorrência do treino sem procurar ajuda médica para solucionar o problema. Desse total, 30,6% admitiram ter feito uso de antiinflamatórios por conta própria para controlar a dor e 45,9% utilizaram apenas gelo no local. Outros 42% resolveram interromper temporariamente o treino, o que também não é indicado, como forma de controlar dores constantes.

– O corredor não procura um profissional habilitado antes de iniciar o treino e também não vai ao médico quando sente dor”, diz Teixeira. “O risco de lesão é muito grande – completou.

Segundo o estudo, 53,1% dos entrevistados disseram já ter sofrido uma lesão que o obrigou a procurar o médico por conta do treino.

– A dor é o grande sinal de que algo está errado. E as pessoas simplesmente ignoram o alerta e continuam treinando assim que se sentem melhores – afirmou Teixeira.

– Depois disso, o que acontece, na maioria dos casos, é uma lesão muito mais complexa para o tratamento – destacou.

Entre as lesões mais comuns relacionadas ao treino estão fraturas por estresse, lesões no menisco, tendinites e inflamações.

 
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