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 | 20/10/2008 05h39min

Guto Ferreira é o espião do Inter para analisar o Boca

Auxiliar observou o adversário no clássico argentino contra o River Plate

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Um detalhado relatório sobre o Boca Juniors chega nesta segunda às mãos do técnico Tite. Ele foi providenciado pelo auxiliar técnico Guto Ferreira, que assistiu no domingo à vitória de 1 a 0 sobre o River Plate, no Estádio Monumental de Nuñez.

A viagem de Guto foi o ponto de partida da “Operação Boca Juniors”, deflagrada pelo Inter após a vitória de sábado, contra o Atlético-PR. Além de observar o jogo, o auxiliar tinha como missão descobrir se o time argentino usará sua força máxima no jogo de quarta-feira, às 22h, no Beira-Rio, na primeira partida das quartas-de-final da Copa Sul-Americana.

Mais interessado em reabilitar-se no Torneio Apertura (o campeonato argentino do segundo semestre), o Boca, até agora, usou time misto na Sul-Americana. O que não o impediu de despachar com um 4 a 0 a LDU, campeã da América.

Mais especificamente, interessa ao Inter saber se Riquelme, cérebro do Boca, estará em campo. No Beira-Rio, só se fala no meia. Na semana passada, ele protagonizou um bate-boca, via imprensa, com o companheiro Cáceres, que o acusou de ser egocêntrico e displicente.

Riquelme preocupa

O zagueiro Índio admite que Riquelme faz a diferença. Para Edinho, será fundamental não oferecer espaços e evitar faltas perto da área. O volante Magrão vai além:

– Ele tem o tamanho de zagueiro e a habilidade de um meia franzino.

Magrão enfrentou Riquelme em 2001, pelo Palmeiras. Treinado por Celso Roth, o time caiu para o Boca na semifinal daquela Libertadores. Os argentinos levaram a melhor, mas o volante guarda boas lembranças dos jogos. Sobretudo do segundo, disputado na Bombonera, quando fez passe para um gol de Alex.

– Naquela época, Riquelme estava voando – recorda Magrão.

Para Tite, o Boca teve o melhor desempenho na última Libertadores, apesar de ter sido eliminado pelo Fluminense na semifinal:

– Sem demérito ao Fluminense, mas foi o Boca foi quem jogou mais. Teremos contra eles 180 minutos de um enfrentamento de altíssimo nível.

Para que o Inter possa ensaiar formas de “encaixar a marcação” ao Boca, como diz o auxiliar Cléber Xavier, o treino de amanhã será fechado.

– O time deles é frio, catimba muito. O D’Alessandro diz que é preciso respeitar, mas não ter medo – avisa Edinho.

O jogo entre Inter e Boca Juniors pela Copa Sul-Americana será nesta quarta-feira, às 22h05min.

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