| 20/05/2008 19h10min
Em matéria publicada pelo jornal Gazeta do Povo, do Paraná, a Polícia Militar de Santa Catarina confirmou a participação da Mancha Azul, do Avaí, na briga entre torcidas que ocorreu antes do jogo entre Figueirense e Coritiba, no último domingo, em Florianópolis. Segundo a notícia, veiculada nesta segunda-feira, quatro ônibus e alguns carros particulares de torcedores do Coxa chegaram à capital catarinense na manhã do jogo e foram recebidos pela torcida organizada Mancha Azul.
Por volta das 16h, antes de ir para o estádio Orlando Scarpelli, local do jogo, o grupo teria passado pela sede da organizada Gaviões Alvinegros, do Figueirense. No confronto das torcidas, lojas e carros foram depredados, e algumas pessoas ficaram feridas.
Os envolvidos no tumulto foram encaminhados primeiramente ao 3º Departamento de Polícia Civil, no bairro Estreito, e na seqüência, o caso foi encaminhado ao 5º Departamento de Polícia.
— Eles
foram fazendo uma limpa onde passaram, desde que saíram da
sede da Mancha. Atacaram pessoas com a camisa do Figueirense, destruíram o que viram pela frente — disse o comissário do 3º DP, Vânio Martins, à publicação paranaense.
Cerca de 300 torcedores acabaram detidos pela PM por ato de vandalismo. Reconhecidos por imagens feitas por moradores na hora da confusão, dois torcedores da organizada Império Alviverde, do Coritiba, permanecem presos no 5º DP, no bairro Trindade.
Após a partida, a PM escoltou os ônibus dos torcedores do Coxa por 17 quilômetros até o município de Biguaçu para evitar retaliações.
Mancha nega encontro
Em entrevista ao clicRBS, o presidente da Mancha Azul, Fabrício Amorim, negou as informações veiculadas pelo jornal. Segundo ele, não houve nenhum encontro entre a organizada do Avaí e do Coritiba.
— Não encontramos ninguém da torcida do Coritiba no domingo. Nossa sede, inclusive, estava fechada neste dia —
afirmou.
Gaviões lança nota de repúdio
A Gaviões
Alvinegros lançou uma nota de repúdio ao tumulto ocorrido no sábado envolvendo o nome da organização. A entidade confirma que sua sede foi tentada de "forma vil e covarde" pela Império Alviverde e que este ataque teve a participação de integrantes de uma organizada que é rival do Figueirense.
— Aquela mesma que costuma jogar bombas nos estádios e que ocasionou a perda de uma das mãos do Senhor Ivo Costa em Criciúma — diz a nota.
A direção da Gaviões alega que torcedores e familiares estavam reunidos em um churrasco, tradicionalmente feito antes de jogos no Orlando Scarpelli, quando foram atacados. Na nota, eles descrevem que foram obrigados a se defender fechando o portão da sede e colocando mulheres e crianças presas dentro do bar.
Leitor Eduardo Teixeira Coelho mora em frente à sede da Gaviões e registrou os momentos de tensão
Foto:
Eduardo Teixeira Coelho
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