| 19/05/2008 16h22min
Pela primeira vez à frente de uma equipe da Série A, o novo técnico do Figueirense, Guilherme Macuglia, é um velho conhecido no futebol do Sul do país. Com passagens como jogador pelo próprio alvinegro e como técnico pelo futebol gaúcho, paranaense e catarinense (Joinville e Criciúma), Macuglia obteve o reconhecimento nacional no interior de São Paulo.
À frente do Guaratinguetá, o gaúcho de Porto Alegre, chegou às semifinais do Paulistão e, com este desempenho, tinha consciência de que sua chance de comandar um time da elite do futebol brasileiro era uma questão de tempo:
— Pela campanha que eu venho fazendo nos últimos três anos, sabia que chegaria a oportunidade de trabalhar na Série A. Eu me preparei muito para chegar neste nível. O trabalho que eu fiz no Guaratinguetá, com certeza, iria abrir muitas portas, assim como o que eu fiz no Rio Grande do Sul. Sempre fui um cara ponderado, surgiram várias oportunidades este ano e escolhi o Figueirense por conhecer o elenco e a infra-estrutura do clube – afirmou Macuglia, em entrevista concedida por telefone do aeroporto de Porto Alegre, Salgado Filho, enquanto esperava seu avião para Florianópolis no final da tarde.
Competitividade e marcação
Sobre seu estilo como técnico, Macuglia destacou a competividade e a marcação forte, sem entrar em detalhes sobre esquema tático ou formações prediletas:
— Não abro mão de ser extremamente competitivo. Dos treinadores mais experientes e consagrados, a gente sempre pega algo de bom e vai acrescentando ao perfil, mas independente disso, eu tenho o meu estilo: uma marcação forte e uma chegada forte no ataque. Sem a bola, é marcação forte, com a bola, é liberdade para jogar — atestou Macuglia, que tem contrato com o Figueirense até o final do Brasilerião.
Sobre sua vinda para a equipe alvinegra, o técnico revelou que as negociações começaram assim que ocorreu o anúncio oficial da saída de Alexandre Gallo, no domingo. Segundo Macuglia, a negociação foi rápida, pois houve um interesse de ambas as partes.
Grupo de jogadores e reforços
Em relação ao elenco do alvinegro e sobre a vinda de reforços, o novo treinador do Furacão disse que já trabalhou com alguns jogadores e que acompanha bastante as notícias do Figueirense.
— A gente acompanhou muito o Figueirense, porque fui atleta do time, então toda vez que entro na internet a gente quer saber o que está acontecendo. Conhecemos bem a trajetória do Figueirense, este ano vi dois jogos da equipe — disse Macuglia, que já trabalhou com Magal (no Guaratinguetá), Elton e Rodrigo Fabri.
Análises e carências
Questionado quanto aos pontos negativos e positivos do atual elenco do Figueira, Macuglia elogiou o ataque:
— É uma equipe competitiva, tem uma chegada muito forte ao ataque. Há carências, vamos conversar com a direção, com opinião em cima do que eu já vi e trabalhar dentro de um planejamento financeiro. Vamos disputar um campeonato longo, precisamos de elenco forte, pois os que não estão jogando agora serão importantes depois. O Felipe Santana vinha se destacando, saiu, e nós e a direção vamos analisar com todo cuidado essa situação.
Torcida alvinegra
Em seu retorno ao Scarpelli, agora como técnico, Macuglia também espera uma boa receptividade da torcida alvinegra:
— Acho que será dentro da normalidade. Tenho grandes amigos desde quando vesti a camisa do Figueira, tive o carinho da torcida, mas sabemos que nesta função temos que dar resultado, vivemos disso e trabalhamos em cima disso.
Macuglia será apresentado oficialmente como técnico do Figueirense na tarde desta terça-feira. Com ele, chega o auxiliar Luis Carlos Goiano, que jogou no Grêmio. Ambos trabalharam juntos no Guaratinguetá. A estréia da dupla à frente do alvinegro acontece no sábado, no jogo contra o Vitória, às 18h10min, em Salvador, pela terceira rodada do Brasileirão.
Técnico Macuglia vai avaliar carências do Figueira junto com a direção do alvinegro
Foto:
José Doval, Banco de Dados
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