| 29/04/2008 11h31min
A tocha olímpica percorre hoje as ruas da cidade vietnamita de Ho Chi Minh, antiga Saigon, onde encerrará uma tumultuada viagem por vários pontos do planeta, durante a qual enfrentou protestos contra a China, país que será sua última parada. As autoridades de Ho Chi Minh posicionaram centenas de agentes ao longo do percurso da tocha, apesar de poucos esperarem eventuais tentativas de interrupção do evento.
A polícia vietnamita também isolou o consulado da China em Ho Chi Minh, onde várias bandeiras vermelhas foram penduradas por ocasião da comemoração amanhã do 33º aniversário da tomada da cidade pelas forças comunistas.
A tocha olímpica chegou
na noite da última segunda ao Vietnã vinda da Coréia do
Norte. O primeiro dos 60 participantes do revezamento partiu da Casa da Ópera, um dos poucos edifícios ainda mantidos desde a época colonial francesa, e o percurso total é de cerca de 13 quilômetros pelas ruas do centro da cidade, terminando em um estádio militar.
Nguyen Tan Dung, o primeiro-ministro vietnamita, disse no fim de semana ao ministro de Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, que seu governo arante que o percurso da tocha será pacífico e que não ocorrerão incidentes. No entanto, Dung advertiu que forças opositoras ao regime tentarão sabotar o evento.
O ato acontece na véspera do Dia de Reunificação Nacional após a guerra com os Estados Unidos e dois
dias antes do Dia dos Trabalhadores, habitualmente
comemorados de forma massiva pelas autoridades comunistas.
Apesar de o Vietnã ter boas relações com a China, continua a disputa em relação às Spratly. Além disso, monges budistas dissidentes denunciaram a reação do Exército chinês aos últimos protestos pró-Tibete.
A chama olímpica, que iniciou sua volta ao mundo em 31 de março, viaja por 22 cidades de 19 países até encerrar seu trajeto em Pequim. Até agora, o percurso foi interrompido em Londres, Paris, Los Angeles e San Francisco por manifestantes que protestavam contra a política da China no Tibete. Depois do Vietnã, a tocha viajará para as ex-colônias britânicas de Hong Kong e Macau antes de entrar na China.
Primeiro dos 60 participantes do revezamento partiu da Casa da Ópera
Foto:
Julian Abram Wainwright, EFE
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