| 21/03/2008 14h17min
Um bebê morreu na noite desta quinta-feira com suspeita de dengue no Hospital estadual Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A morte de Ana Clara Gonçalves, de apenas sete meses, foi confirmada pela diretoria do hospital.
Segundo o diretor-geral da unidade, César Fontes Rodrigues, Ana Clara além do quadro de dengue, tinha outras complicações, como pneumonia.
— A dengue afeta o sistema imunológico, por isso, outras doenças podem se manifestar durante o contágio pelo Aedes aegypti — explicou Rodrigues.
Segundo ele, a morte por dengue ainda precisa ser confirmada com outros exames e análises para entrar nas estatísticas oficiais. Mas, se fosse contada oficialmente já nesta sexta, o bebê seria a 31ª vítima da dengue só na capital, e a 49ª no Estado.
Até a quinta-feira, a Secretaria municipal de Saúde havia registrado 30 mortes por dengue. Segundo a secretaria, uma menina de 14 anos, moradora da Praça Seca,
na Zona Oeste do Rio, morreu em um hospital de
Jacarepaguá.
Proteção com calça e repelente
Devido ao grande número de crianças contaminadas pela doença, a secretaria começa, a partir de segunda, uma campanha para orientar crianças a usar calça comprida, meia e sapato fechado e repelentes para evitar a picada do mosquito. As orientações serão passadas para escolas públicas e particulares.
Até esta quinta, foram registrados 23.555 casos da doença, 2.053 notificações a mais do que na quarta.
Epidemia
O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, foi a primeira autoridade fluminense a admitir, nesta quinta, que o Rio vive uma epidemia de dengue. Ele pediu desculpas à população pelas filas nas emergências dos hospitais, reconheceu que não há como resolver o problema da demora, mas ressaltou que é importante que as pessoas com suspeita de dengue procurem um médico e aguardem o tempo que for necessário
para o atendimento.
Já o secretário municipal de Saúde, Jacob Kligerman,
disse que não quer discutir a terminologia da gravidade da dengue, mas admite que a situação ganhou uma dimensão que exige ações emergenciais.
No feriadão, seis hospitais da rede e 22 unidades de saúde funcionarão em esquema de 24 horas. Pelo menos 900 profissionais da área de saúde começam a reforçar o pelotão de combate à doença no município.
— Nós preparamos um plano de contingência desde outubro, mas ninguém esperava esse volume, esse aumento da letalidade (mortes) — disse, alertando que, "apesar de ser desagradável a espera de pelo menos três horas nas unidades de saúde, o importante é fazer o diagnóstico precoce" e hidratar os enfermos.
As informações são do site G1.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2025 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.