| 10/03/2008 05h42min
Deportações em aeroportos de Brasil e Espanha neste final de semana alimentaram a polêmica em relação ao tratamento dispensado por autoridades de imigração aos turistas dos dois países.
De acordo com reportagem do jornal O Globo desta segunda-feira, dois baianos foram deportados na tentativa de entrar na Espanha pelo aeroporto de Madri, na sexta-feira. Antes de serem mandados de volta para o Brasil, Ramon Santana e Maria Inês Martin passaram horas sem informações, tiveram de assinar um papel sem poder ler e ainda ouvir gritos e ordens das autoridades espanholas.
Após 26 horas no aeroporto espanhol, os baianos embarcaram de volta a Salvador no vôo 083 da Air Europe, só com a bagagem de mão, com a promessa de receber as malas mais tarde. Chegaram às 21h05min de sábado.
Ramon, de 16 anos, iria fazer uma conexão em Madri para seguir para Milão, na Itália. Ele é jogador de futebol, com passagens na divisão de base do Vitória (BA), Santo André
(SP) e Tigres (RJ) e queria passar
um tempo em times italianos, morando com a irmã, casada com um milanês.
Fazendeira de 40 anos, Maria Inês tinha mil euros, cartões de crédito, comprovante de reserva em hotel próximo a Barcelona e passagem de volta. Mesmo assim, não pôde entrar na Espanha sob a justificativa de "falta de documentos adequados que justifiquem o motivo da permanência".
No Brasil, cinco espanhóis foram barrados ao tentar entrar no Brasil pelo Aeroporto de Salvador na noite de sábado.
Segundo a Polícia Federal, os espanhóis, com idades entre 25 e 35 anos, não tinham passagem de volta. Um italiano também foi deportado pelo mesmo motivo. Todos chegaram a Salvador em um vôo da Air Europa vindo de Madri.
Na quinta-feira, a PF já tinha impedido a entrada de oito espanhóis no Aeroporto de Salvador, um dia após o governo da Espanha ter deportado 30 brasileiros que tentavam entrar no país europeu.
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