Da tribuna do Senado, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), Heráclito Fortes (DEM-PI), criticou nesta sexta-feira o "silêncio" do consulado brasileiro em Madri e a "pouca ação" da embaixada do Brasil na Espanha em relação aos estudantes brasileiros impedidos de entrar no país europeu pelo serviço de imigração. Ele disse que a queixa sobre a ineficiência das duas representações é "generalizada" quanto à falta de apoio e de solidariedade aos que, mesmo em condições legais, são impedidos de entrar na Espanha.

Segundo o senador, consulado e embaixada teriam de informar imediatamente o Brasil sobre os fatos. Ele também questionou a omissão de autoridades brasileiras com os que deixam o país sem dispor da documentação e de recursos necessários para passar pelo serviço de imigração de países europeus.

— Para evitar dissabores, é preciso algumas cautelas em relação à documentação dos que deixam o Brasil sem atender a todas elas — afirmou.

Fortes disse que a CRE está tomando as providências que o Congresso permite em relação a casos de proibição sem justificativa, mantendo contato com o Itamaraty e com o embaixador espanhol, Ricardo Peidró, que na próxima semana comparecerá à comissão. Também será ouvida a estudante de mestrado da Universidade de São Paulo (USP) Patrícia Magalhães, barrada no aeroporto de Madri no mês passado.