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 | 09/01/2008 11h22min

Risco de contaminação por febre amarela em Santa Catarina é remoto, afirma Secretaria

Segundo Vigilância Epidemiológica, Estado tem bom controle sobre transmissores da doença

Estephani Zavarise  |  estephani.zavarise@diario.com.br

O risco de contaminação por febre amarela em Santa Catarina é muito remoto, segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Luis Antônio Silva.

Ele explica que o Estado possui uma boa vigilância sobre o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e também da febre amarela urbana. Em Santa Catarina há uma quantidade pequena do mosquito e não há registro de focos das duas doenças.

— Como temos um forte trabalho de vigilância do Aedes aegypti, a posição de Santa Catarina é tranqüila em relação à possibilidade de existência da doença. Não tendo o mosquito, não tem a doença.

Silva também considera remota a possibilidade de transmissão da febre amarela silvestre, que pode ter provocado a morte de duas pessoas na região Centro-Oeste do Brasil.

Segundo ele, o controle deste tipo da doença é feito através do acompanhamento do comportamento e de casos de mortes de macacos, que também podem ser infectados com febre amarela. No Oeste do Estado, existem mosquitos Haemagogus (que transmitem o vírus da febre amarela silvestre para primatas e humanos), mas não foi registrado nenhum caso suspeito nos macacos da região. Sem a existência do vírus, não há como o mosquito transmitir a doença.

— Ficamos atentos à possibilidade de morte de macacos, ou de eles se tornarem agressivos— explica Silva.

Devido à existência do mosquito, e ao fato de ter registrado casos de febre amarela há anos atrás, o Oeste e Extremo-Oeste do Estado, próximo à divisa com a Argentina, o Paraná e o Rio Grande do Sul, são considerados área de transição da febre amarela.

Por isso, o diretor da Vigilância Epidemiológica recomenda que as pessoas que moram na região tomem a vacina contra a febre amarela, principalmente as que realizam atividades em áreas de mato e as que vão viajar.

A vacina também é necessária para pessoas que forem para as regiões do Brasil consideradas de risco e para países que exigem certificado de vacinação. Neste caso, ela deve ser tomada no mínimo 10 dias antes da viagem.

Segundo o Ministério da Saúde, as áreas de risco (que mantêm circulação do vírus na natureza) estão nas regiões Norte e Centro-Oeste, no Maranhão e em Minas Gerais. As áreas de transição estão no Oeste do Piauí, de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina. Já o Sul da Bahia e do Espírito Santo estão em risco potencial.

Segundo Silva, a vacina pode ser encontrada em todas as cidades do Estado, geralmente no principal posto de saúde de cada município.

 
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