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 | 18/05/2007 13h39min

Defensor teme clima de guerra no Olímpico

Time pedirá ajuda ao consulado uruguaio para assegurar segurança dos atletas

Diante da iminente eliminação do Nacional, que precisa golear o colombiano Cúcuta na próxima semana para avançar na competição, o Defensor passou a concentrar as esperanças de todo o Uruguai de chegar às semifinais da Copa Libertadores. Seus dirigentes invocam até mesmo a ajuda do consulado uruguaio em Porto Alegre na tarefa de fazer o time sentir-se seguro em território brasileiro. Rádios e jornais destacam que um clima de guerra é aguardado para o jogo de volta contra o Grêmio, dia 23, no Olímpico. O Tricolor precisa vencer por 3 gols de diferença para avançar na competição continental.

A direção do Defensor pedirá auxílio às autoridades uruguaias sediadas na Capital para evitar foguetório nas proximidades do hotel em que a delegação irá se hospedar. O Defensor, que viajará dois dias antes da partida, também exigirá segurança reforçada na chegada ao estádio. Na capa de sua edição de ontem, o El País, principal diário uruguaio, criticou a atuação do árbitro chileno Rubén Selman no jogo do Centenário.

"Com 10 jogadores e o árbitro contra, Defensor derrotou o Grêmio", mancheteou.

No caderno de esportes, o El País vai além. Diz que o jogo representou a vitória dos pobres contra o poder. Afirma que o Defensor precisou passar por cima até dos "obscuros poderes políticos personificados pelo árbitro chileno Rubén Selman".

– Defensor 2x0 Grêmio-Selman – ironizou o narrador de uma rádio uruguaia.

Há um clima de indignação em relação à expulsão do meio-campo González, ocorrida ainda no primeiro tempo. Para os dirigentes uruguaios, foi injusto o cartão amarelo recebido pelo jogador no lance em que se envolveu com Teco. Há, igualmente, muitas queixas contra faltas cometidas por jogadores do Grêmio e não assinaladas pela arbitragem.

– Eles também fizeram isso antes do jogo no Maracanã, na semana passada. Criaram um clima tão forte que o árbitro acabou não dando dois pênaltis para o Flamengo – disse o atacante Amoroso.

– Isso é problema do Defensor, não tenho nada que dizer – reagiu o presidente Paulo Odone, entrando no táxi que o levaria para almoçar, nesta quinta, antes do embarque da delegação.

O Grêmio parecia ontem mais preocupado em resolver seus próprios problemas. O diretor de futebol Paulo Pelaipe elogiou o Defensor, sobretudo o experiente zagueiro Sorondo, autor de um dos gols:

– O time deles é forte, mas não bate, sabe jogar. Não será fácil eliminá-los.

LUÍS HENRIQUE BENFICA/ZH
 
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