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 | 15/06/2006 23h26min

Médico alemão não garante que Ronaldo esteja 100%

O médico alemão Ingo Tusk, que atendeu Ronaldo em uma clínica de Frankfurt na última quarta, não confirma se o atacante estará em condições ideais para o jogo de domingo contra a Austrália. O médico suspeitou que o jogador tivesse gastrite, sinusite ou até mesmo problemas emocionais, mas estas possibilidades foram afastadas pelos exames. Questionado se o jogador teria condições de jogo, o médico apenas riu e disse:

– Isso só a comissão técnica brasileira poderá dizer.

A Fifa tentou proibir durante toda a quinta que o hospital desse qualquer detalhe à imprensa sobre Ronaldo. A entidade e a CBF entraram em contradição sobre onde o jogador havia sido atendido e a comissão técnica da Seleção chegou a dizer que nenhum médico alemão atendeu Ronaldo, embora o doutor Tusk garantiu que examinou o atleta.

Questionado no final da manhã sobre o nome da clínica, a assessoria de imprensa da CBF disse que essa informação apenas o médico da Seleção, José Luiz Runco, poderia repassar. Américo Faria, chefe da comissão técnica da Seleção, também disse que não era de sua responsabilidade saber para onde Ronaldo fora levado.

– Cada um tem a sua função – respondeu.

Um pouco mais tarde, durante o treino da Seleção, Runco disse que não se lembrava do nome do local para onde o atacante foi levado após se sentir tonto. “Lembro que era hospital”, disse o médico, que também não soube explicar o endereço da clínica.

– Segui o fluxo – afirmou.

No dia de folga, Runco voltou caminhando para o hotel onde a Seleção está hospedada, separadamente de Ronaldo, que estava em um carro. Perguntado sobre o estado do atacante, o médico levou um susto e afirmou que não tinha nenhum problema com ninguém. No Hospital Zum Heiligen Geist, porém, as enfermeiras confirmaram que o jogador passou pelo local.

Segundo o hospital, a Fifa tem apenas dois médicos em Frankfurt e Tusk seria um deles. Mas a entidade diz que desconhece o nome de quem atendeu a Ronaldo e preferiu não comentar a informação de que teria proibido os funcionários do hospital de darem declarações para confirmar a passagem do atacante.

Enquanto a CBF e a Fifa batiam cabeça sobre quais informações poderia ser divulgadas ou não, Ronaldo queria mostrar que estava sendo transparente em relação às informações sobre seu estado de saúde.

– Fizemos um comunicado de imprensa para evitar especulações – disse o jogador.

O que Ronaldo queria evitar era que se repetisse a situação da Copa do Mundo de 1998, na França, quando ele teve uma convulsão no dia da final contra os donos da casa. Naquela ocasião, as informações sobre o problema só vieram a público após a derrota por 3 a 0.

Agência Estado
 
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