| 09/06/2006 18h05min
Chegar às quartas-de-final desta Copa e depois pensar no que fazer. É o projeto do técnico da seleção do México, o argentino Ricardo Lavolpe. Essa história começa a ser escrita neste domingo, na partida contra o Irã.
O treinador diz que sua equipe fará respeitar sua condição de cabeça-de-chave do Grupo D e citou a boa participação na Copa das Confederações, no ano passado. A seleção mexicana terminou em quarto lugar, perdendo a disputa do terceiro para a Alemanha. O jogo terminou 3 a 3 no tempo normal e os alemães venceram na prorrogação por 4 a 3.
– Temos trabalhado na experiência que tivemos na Copa das Confederações. Mas agora estamos em um nível superior de competição, com mais pressão. Porém, nossa equipe reúne juventude e experiência.
Comandando a equipe desde janeiro de 2003, Lavolpe sempre esteve na mira da oposição no México. Um dos maiores críticos ao seu trabalho é Hugo Sanchez, o maior jogador do país em todos os tempos, e Cuauhtémoc Blanco, bastante popular entre os mexicanos, mas que não foi convocado para a Copa.
– Venho lutando há três anos e meio, sendo fortemente criticado. Mas minha consciência está tranqila. O México é considerado hoje um cabeça-de-chave e está cotado entre os especialistas europeus – afirma Lavolpe, que foi campeão como jogador da Argentina em 1978.
Lavolpe também nunca teve apoio da imprensa mexicana, diz que encontra respaldo apenas entre os jogadores.
– Este grupo tem me apoiado sempre e se cheguei onde estou foi por causa dos próprios jogadores. Meu trabalho não depende de certo tipo de imprensa que critica e diz coisas que não são reais. Se fosse assim como escrevem, este grupo não estaria comigo nem me defenderia. O Mundial, para nós, começa dia 11 (domingo) e estar entre os oito primeiros é nossa primeira meta. Jogaremos a quinta partida para ficar na história, para sempre se lembrem dessa seleção. afirma
Outro problema foi a morte do pai do goleiro Oswaldo Sanchez. Nesta sexta ainda não estava confirmado se Sanchez retornaria do México a tempo de jogar a partida de estréia. O México participou de 12 Copas e o máximo que conseguiu foi chegar às quartas-de-final em 1970 e 1986 – justamente quando a competição foi disputada no país.
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