O meia Tcheco vive seu inferno astral. A temporada 2007 acabou nesta semana para ele. Ontem, ele teve confirmada uma lesão muscular na coxa esquerda e precisará de quatro semanas de tratamento para voltar aos treinos. Ou seja, estará pronto apenas para curtir as férias.

Diante da situação, uma eventual suspensão no julgamento de hoje à tarde, no STJD, nada alterará a situação de Tcheco. Ele será julgado por ofensas ao árbitro Wagner Tardelli no jogo contra o Atlético-PR.

Tcheco se lesionou ao abrir demais a perna no treino fechado no Olímpico. Ele ainda tentou voltar ao campo, mas as dores prosseguiram. Uma ressonância realizada à tarde confirmou a gravidade da lesão.

Os últimos dias têm sido conturbados para o jogador, apontado como o organizador do meio-de-campo do Grêmio e responsável por passes para boa parte dos gols. Depois de ser expulso na Arena da Baixada, envolveu-se em uma briga no vestiário com os seguranças de Mário Celso Petraglia, presidente do clube de Curitiba. Saiu da confusão com arranhões profundos no peito. Ao final do jogo, foi acusado por Mano Menezes de ter deixado o time na mão. Na mesma entrevista, o técnico criticou-o dizendo que "homem é quem fica em campo até o final da partida".

– A maré é de azar. O momento é de recolhimento – comentou um dirigente do Grêmio, ao confirmar a lesão.

Apesar do interesse do Grêmio na permanência de Tcheco em 2008, crescem a cada dia os rumores sobre sua saída. O próprio jogador alimentou os comentários esta semana, ao admitir que seu ciclo no clube possa estar chegando ao fim. Seu empresário, Cristiano Müller, confirma o interesse de pelo menos quatro clubes árabes pelo jogador. Todos com propostas consideradas "irresistíveis".

– Se ele fosse pensar só no dinheiro, já teria ido. Ocorre que sua relação com o clube é muito profunda – diz o empresário.

A volta ao mercado árabe seria a retomada de sua passagem pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Em 2005, Tcheco enfrentou o São Paulo pelo Mundial de Clubes, no Japão.