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Tropas venezuelanas entraram em confronto com oponentes do presidente Hugo Chávez e seus simpatizantes fizeram uma passeata neste domingo, dia 29, momentos antes de uma decisão judicial sobre um pedido da oposição por um referendo que convoca eleições no país.
Soldados da Guarda Nacional dispararam bombas de gás lacrimogêneo para repelirem centenas de manifestantes que atiravam pedras e montaram barreiras em chamas em um distrito da região leste da capital venezuelana. Um homem foi atingido na cabeça por um disparo feito por um homem não identificado durante o protesto da oposição, disseram testemunhas e equipes de socorro.
A violência surgiu em um momento em que dezenas de milhares de simpatizantes de Chávez fizeram uma passeata no domingo para protestarem contra o que chamam de intromissão norte-americana em assuntos da Venezuela e para apoiarem o presidente esquerdista.
Bandeiras revolucionárias e faixas com dizeres como "Fora CIA" e "Não à invasão Yankee" foram utilizadas pelos simpatizantes de Chávez em importantes avenidas da capital venezuelana.
– O povo está nas ruas para lutar contra a intervenção estrangeira. A força do povo não pode ser detida, ouçam bem, ninguém pode impedir – disse o vice-presidente venezuelano, Jose Vicente Rangel.
Tensões políticas surgiram no país novamente depois que uma série de atrasos adiaram uma decisão do Conselho Nacional Eleitoral sobra validade do referendo da oposição. Dois manifestantes foram mortos na semana passada durante passeata de opositores de Chávez.
Autoridades eleitorais disseram que vão tomar uma decisão preliminar no domingo sobre a coleta de 2,4 milhões de assinaturas necessárias para a realização de eleições no país. A oposição afirma que entregou às autoridades mais de 3,4 milhões de assinaturas.
Mas o conselho está se preparando para fazer novas verificações em 1 milhão de assinaturas, medida que pode atrasar uma decisão final sobre o referendo até março. Líderes da oposição acusam representantes do governo no órgão eleitoral de tentarem anular a validade do plebiscito ao desqualificarem muitas assinaturas válidas. Chávez afirma que o referendo da oposição é cheio de falsificações.
As informações são da agência Reuters.
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