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A Argentina pediu neste sábado, dia 28, à oposição venezuelana que evite mais derramamento de sangue e siga a via institucional em seu objetivo de derrubar o presidente Hugo Chávez com um referendo. Nesta sexta, dia 27, duas pessoas morrerem baleadas durante uma marcha contra o governo.
O pedido foi feito em Caracas pelo chanceler argentino Rafael Bielsa, depois de um encontro entre o presidente Néstor Kirchner e os líderes da coalizão da oposição venezuelana La Coordinadora Democrática (CD), durante a cúpula do Grupo dos 15, que acabou neste sábado.
– Concordamos que deve-se fazer os maiores esforços para que a saída institucional deixe de lado atos que provoquem a morte de indivíduos ou o derramamento de sangue – disse Bielsa a jornalistas.
Kirchner não fez declarações depois do encontro, realizado na sede da embaixada da Argentina em Caracas.
Os adversários de Chávez querem um referendo para avaliar se o presidente venezuelano fica no poder ou não. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) disse que definiria durante este fim de semana o processo de revisão das assinaturas que respaldam a consulta popular. A decisão de revisar 1,9 milhão das 3,4 milhões de assinaturas recolhidas pelos opositores de Chávez e que respaldam o referendo, enfureceu a oposição, que na sexta-feira realizou uma marcha gigantesca contra o que qualificou de manobras do CNE para colocar obstáculos ao plebiscito.
A marcha foi reprimida por soldados para evitar que os manifestantes se aproximassem do local da cúpula, deixando dois mortos e ao menos 16 feridos por tiros, e provocando distúrbios em várias partes do país. O governo justificou a ação com o argumento de que os soldados agiam em legítima defesa. Três dos feridos a bala são soldados.
Além de Kirchner, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou da reunião do G15, grupo formado por 19 países em desenvolvimento. A integração latino-americana foi tema do encontro.
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