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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, ressaltou nesta segunda, dia 23, a importância do trabalho em direção às eleições no Iraque, acrescentando que é necessário encontrar uma maneira de estabelecer um governo interino com o propósito de organizar a votação. Annan, em entrevista coletiva conjunta após encontro com o primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, disse que os dois concordaram sobre o futuro político do Iraque.
– Ambos concordamos que o tema eleitoral é extremamente importante... precisamos encontrar um mecanismo de trabalhar com os iraquianos, ajudá-los a determinar um mecanismo para estabelecer um governo interino de transição. Para que a transferência de poder de 30 de junho vá adiante, e assim trabalharmos com eles para organizar eleições em futuro não muito distante – disse Annan a repórteres.
Annan não mencionou uma data específica nos comentários a repórteres. Mas, de acordo com uma autoridade do ministério do Exterior do Japão, o secretário-geral da ONU indicou em seu encontro com Koizumi que a eleição deveria ser realizada por volta do final deste ano, ou no início do próximo ano.
Koizumi disse que ele e Annan concordaram sobre a importância da participação da ONU no Iraque.
– Pudemos compartilhar visões comuns sobre a importância do papel das Nações Unidas na criação de um governo pelos iraquianos para o povo iraquiano – disse Koizumi.
Koizumi também ressaltou a importância da cooperação internacional por intermédio das Nações Unidas e disse que o Japão deseja cooperar o quanto for possível com suas atividades. Annan, que enviou uma missão de verificação ao Iraque neste mês, apoiou a posição dos EUA de que não seria possível realizar eleições antes de 30 de junho, data que Washington determinou para entregar o poder aos iraquianos.
Annan disse que divulgará um relatório sobre o futuro político em Nova York, nesta segunda, dia 23. O relatório deverá conter detalhes sobre a posição da ONU a respeito das eleições, além de um calendário para as eleições que seriam realizadas por um governo permanente, provavelmente neste ano ou no início de 2005.
Annan chegou ao Japão no sábado para uma visita de cinco dias. Koizumi espera que a visita aumente o apoio ao envio de tropas ao Iraque. A missão é a maior e mais arriscada do Exército do Japão desde a Segunda Guerra Mundial. A missão humanitária envolve cerca de 1 mil soldados, dividiu a opinião pública e provocou manifestações.
Em indicação do grau de divisão da opinião pública no Iraque, a agência de notícias Kyodo disse que um grupo de mais de 1,2 mil pessoas processou o governo nesta segunda para tentar evitar o envio das tropas, argumentandos que a missão viola a constituição pacífica do Japão.
Com informações da agência Reuters.
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