| 20/02/2004 13h12min
O senador Paulo Paim (PT-RS) negou na manhã desta sexta, dia 20, qualquer envolvimento com as denúncias publicadas pela revista Veja de que a campanha petista no Rio Grande do Sul para o governo local e o Senado teria recebido dinheiro do jogo do bicho. Paim ainda isentou de qualquer responsabilidade o ministro da Educação, Tarso Genro, candidato derrotado a governador em 2002. O senador revelou estar surpreso com a acusação e ressaltou que sua campanha foi pobre em recursos financeiros. Em entrevista ao programa Gaúcha Repórter da Rádio Gaúcha, o senador afirmou que não houve participação da chapa majoritário nesse caso. Segundo ele, se ocorreu algum tipo de negociação, foi apenas de uma equipe.
– Acho isso lamentável se for verdadeiro – disse sobre as acusações em entrevista à Rádio Gaúcha.
Conforme relato do ex-diretor-geral da Loteria do Estado do Rio Grande do Sul, José Vicente Brizola, em 2002, Carlos Fernandes, filho da então candidata à reeleição ao Senado pelo PT, Emília Fernandes, pediu ajuda para obter recursos financeiros para a chapa majoritária do partido junto a donos de bingos, videobingos, jogos de cartela e máquinas de videoloteria. Na matéria, José Vicente disse que não manteve contato com Tarso Genro e Paim, e eles não foram mencionados nas conversas com os empresários. Durante a entrevista, o senador leu a nota de repúdio às acusações do PT estadual.
Sobre as CPIs, Paim disse que elas não podem ser banalizadas, mas defendeu a instalação de uma comissão no Senado para investigar a contravenção. Ele afirmou que ainda não pode avaliar se as novas revelações da revista Época podem aumentar as possibilidades de realização de uma CPI para apurar o caso. Segundo a reportagem, o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz teve encontros com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em 2003, quando já ocupava cargo no Palácio do Planalto.
A CPI dos Bingos foi proposta pelo senador Magno Malta (PL-ES) e, segundo ele, conta com o apoio de 33 senadores, seis a mais que o mínimo necessário.
Com informações da Globo Online.
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