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Em uma tumultuada sessão do parlamento britânico nesta quarta, dia 4, o premier Tony Blair tentou defender a decisão de ter ido à guerra contra o Iraque. Vários manifestantes contrários ao confronto protestaram das galerias, chamando Blair de "mentiroso" e "assassino" e acusando-o de encobrir falhas do governo. Sete pessoas foram presas.
O protesto levou o presidente da Câmara dos Comuns, Michael Martin, a suspender a sessão por 10 minutos, depois que Blair foi interrompido cinco vezes.
– Creio que não estou sendo totalmente persuasivo para alguns – disse Blair, em tom de ironia.
O incidente ocorreu durante o debate do relatório do juiz Brian Hutton sobre o suicídio do especialista em armas David Kelly, divulgado na semana passada. O documento isentou o governo das acusações de exagerar informações sobre as supostas armas de destruição em massa de Saddam Hussein. Kelly se suicidou depois de vir à tona que ele era a fonte da BBC. A emissora acusou o governo de manipular os dados de inteligência sobre a potencial ameaça do Iraque.
Na terça os esforços de Blair para sufocar a polêmica em torno da guerra no Iraque sofreram um revés quando o ex-especialista em armas do Ministério de Defesa Brian Jones afirmou que o governo ignorou os analistas da área de defesa para apresentar, antes da guerra, um dossiê "enganoso'' sobre o país.
Em Washington, o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, admitiu na quarta na Comissão de Serviços Armados do Senado que é possível que Saddam Hussein não tivesse o arsenal de destruição em massa de que os EUA suspeitavam.
O americano David Kay, ex-chefe do Grupo de Pesquisa do Iraque, que deixou o cargo há duas semanas, afirmou que as armas não existiam quando o Iraque foi invadido pelas tropas aliadas.
Com informações de Zero Hora.
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